Política

Clécio Luís toma posse para o 1º mandato como governador durante a madrugada

Clécio Luís, governador do Amapá, recebeu faixa do ex-governador Waldez Góes — Foto: Rafael Aleixo/g1

Clécio Luís (Solidariedade), de 50 anos, tomou posse na madrugada deste domingo (1º) como governador do Estado do Amapá em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). Além dele, também foi empossado o vice-governador Antônio Teles Júnior (PDT). É a primeira vez que ambos ocupam estes cargos.

A abertura da solenidade foi realizada pelo presidente da Alap, o deputado estadual Kaká Barbosa. Em seguida, o governador até então em exercício, Waldez Góes (PDT), fez o último pronunciamento como gestor do Executivo amapaense.

Em seguida, o novo governador e vice se apresentaram à mesa diretora da Assembleia, e entregaram a declaração de bens e o diploma expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá. Os empossados também fizeram a leitura do juramento constitucional.

Após o rito, Waldez entregou a faixa de governador para Clécio, que fez o primeiro discurso como governador.

No discurso de posse, Clécio destacou pontos e áreas firmadas no programa de governo e que foram apresentados na campanha eleitoral. O governador empossado falou ainda que precisa do apoio do povo amapaense para a realização de mudanças.

“Reafirmamos os pontos como a saúde, a educação emancipadora, o desenvolvimento e a geração de renda, a segurança pública e o combate à fome e à pobreza. Agradeço a todos que de alguma forma nos ajudaram a chegar até aqui. Peço aos amapaenses que nos ajudem a mudar o nosso estado. Não é uma obra de um homem e governador só, e sim de uma sociedade”, disse o governador Clécio.

O vice-governador, Antônio Teles Júnior descreveu que vai auxiliar Clécio e ajudar na elaboração de políticas públicas do governo.

“Vou sempre auxiliar o governador na formulação e implementação de políticas públicas e estou para somar e contribuir, sempre respeitando a liderança do governador Clécio. Acima de tudo, vamos implementar o plano de governo que foi aprovado pela população”, disse Teles Júnior.

A cerimônia teve a participação de mais de 250 pessoas entre políticos, integrantes de órgãos de controle, convidados e a imprensa.

O governador, o vice e o ex-governador seguem em viagem para Brasília ainda neste domingo, onde vão participar da cerimônia que oficializa Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência da República Federativa do Brasil.

Campanha
Eleito em 1º turno, com 53,26% dos votos, Clécio Luís Vilhena Vieira vive agora o 5º mandato político da carreira. Desde 2004, ele só não ocupou cargo eletivo em 2021 e 2022. Ele já foi vereador e prefeito de Macapá, deixando o Executivo Municipal após 8 anos, em 2020. Desde então ele preparava a candidatura ao governo.

A campanha de Clécio ficou marcada pela grande coligação e apoios informais de, ao todo, 15 partidos, entre eles o PT de Lula, o PL de Bolsonaro e o PDT de Ciro, o único do país que conseguiu unir as legendas num único bloco. Adversários políticos há mais de 20 anos no Amapá, os ex-governadores Capi (PSB) e Waldez (PDT) também estavam no palanque de Clécio.

O então candidato teve a campanha potencializada por Davi Alcolumbre (União Brasil), que é senador pelo Amapá, foi presidente do Congresso Nacional entre 2019 e 2021, e concorreu de novo à mesma vaga no Senado no pleito de 2022. Alcolumbre foi reeleito.

Perfil e promessas
Natural de Belém, no Pará, Clécio é formado em geografia pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). Ele também trabalhou como policial civil e foi secretário de Educação do estado aos 26 anos. Clécio já foi do PT, do Psol, e da Rede, se filiando ao Solidariedade em 2022.

Ele foi vereador de Macapá por dois mandatos consecutivos, em 2004 e 2008. Tentou ser governador em 2006, mas ficou em 4º lugar, perdendo para Waldez (eleito) e Capi (2º lugar), e voltou à Câmara Municipal da capital. Clécio venceu a disputa da prefeitura de Macapá pela primeira vez em 2012 e depois em 2016. Na história de Macapá, ele foi o segundo prefeito reeleito – além de João Henrique Pimentel.

As principais promessas feitas durante a campanha foram:

Construir um novo Hospital de Emergência (HE) de Macapá;
Criar o programa ‘Zera Filas’ para atender a demanda de consultas e cirurgias inicialmente no formato de mutirão;
Criar programa de distribuição de vale-gás;
Implementar o 13º do programa Amapá Jovem;
Projetar e construir o Terminal Hidroviário de Santana;
Implantar a rodovia do Goiabal, para interligar a Rodovia Duca Serra à Rodovia AP-010 – Josmar Chaves Pinto/Rodovia JK, via bairro do Zerão;
Voltar a realizar a Expofeira Agropecuária do Amapá.