Política

Poderes discutem mecanismo de financiamento para reconstrução de prédios públicos

Reuters

Reuters

Os Três Poderes discutem a criação de um fundo de investimento para ajudar na reconstrução dos prédios públicos que foram vandalizados em episódios criminosos no dia 8 de janeiro.

O tema tem sido tratado entre representantes da iniciativa privada com integrantes do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na semana passada, o assunto foi levado à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e deve ser abordado nas próximas semanas com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A ideia é que o fundo de investimento receba recursos da iniciativa privada e de entidades públicas. Os detalhes sobre a criação do mecanismo de financiamento ainda estão em discussão.

O Ibram, uma entidade que reúne empresas do ramo da mineração, já anunciou uma doação de R$ 1 milhão. A expectativa de participantes das negociações é de que o fundo de investimento possa chegar a um montante de até R$ 5 milhões, o que cobriria parcela dos danos acusados pelos criminosos bolsonaristas.

Segundo cálculos iniciais obtidos pela CNN, o prejuízo causado pelas depredações em Brasília podem chegar a até R$ 20 milhões. O prédio público mais afetado foi o da Suprema Corte, cujo impacto é calculado em torno de R$ 8 milhões.

No STF, o trabalho de reconstrução da sede do Poder Judiciário deve ser conduzido pela ministra Cármen Lucia. A ideia é que o plenário da Suprema Corte seja reconstruído até 1 de fevereiro, na reabertura do ano judiciario.

Na semana passada, a Polícia Federal concluiu a perícia no prédio depois dos episódios criminosos de 8 de janeiro. A previsão é de que o laudo descritivo seja liberado pela PF em cerca de 30 dias.

Os papiloscopistas da Polícia Federal coletaram digitais, materiais genéticos, pegadas e outros itens que podem identificar como ocorreram os crimes contra a Suprema Corte.