O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a auxiliares, nesta semana, prioridade para o lançamento oficial do programa Desenrola, que prevê refinanciamento de pequenas dívidas e que foi uma das bandeiras da campanha.
A avaliação do Palácio do Planalto é de que o impacto do programa na popularidade do presidente pode ser maior até mesmo do que o reajuste maior do salário-mínimo e a isenção de cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000.
Os números do governo apontam que 70 milhões de pessoas possam ser diretamente beneficiadas pois estariam, segundo dados do Planalto, negativados e não podendo tomar crédito.
Trata-se, ainda segundo fontes do governo à CNN, de 40% da população adulta do país. A ideia hoje é que o programa esteja viável em fevereiro.
Nos últimos dias, alguns itens avançaram, como, por exemplo, focar no público com renda de até dois salários-mínimos.
Outros pontos ainda estão em discussão, como a forma de cadastrar as dívidas (muitas pessoas têm dívidas em cidades ou regiões diferentes), o tamanho do desconto, a taxa de juros e quanto seria necessário de recursos para essas renegociações.
Segundo auxiliares de Lula ouvidos pela CNN, o presidente tem concordado com a fórmula geral que a equipe econômica tem levado a ele sobre as políticas que serão implementadas: a de levantar recursos a partir dos pentes-finos que vêm sendo feito em contratos, políticas públicas e nos gastos em geral do governo.
Ou seja, só será criado gasto novo se algo a mais for economizado. Isso valeria tanto para o Desenrola como para as demais promessas de campanha.
Nesse sentido, a equipe econômica comemorou, por exemplo, o desfecho da reunião de Lula com as centrais sindicais.
Após iniciar a semana com uma pressão para que o reajuste do mínimo fosse sinalizado, assim como as mudanças na tabela do Imposto de Renda, o máximo de “concretude” que houve foi a criação de um grupo de trabalho.