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Após uma semana, advogado baleado pela própria arma durante ressonância continua grave

Advogado da capital paulista Leandro Mathias — Foto: Reprodução

Após uma semana, o advogado Leandro Mathias, que foi atingido por um disparo da própria pistola enquanto acompanhava a mãe em uma ressonância magnética em São Paulo, continua internado em estado grave. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (23) por um outro advogado que defende os interesses da vítima e da família dela.

“A família do Dr. Leandro Mathias de Novaes informa que no momento todos os esforços estão voltados a sua recuperação e o reestabelecimento de sua saúde, o qual no momento é considerado grave”, informa trecho do comunicado divulgado pelo advogado Angelo Cavaleri.

Defensor de medidas para armar a população, Leandro tem 40 anos e foi baleado no último dia 16 de janeiro, quando acompanhava a mãe numa ressonância magnética no laboratório Cura, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, nos Jardins, região central da capital paulista.

Pistola e 30 munições
De acordo com a polícia, ele entrou na sala do exame com uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições. Logo que a máquina começou a funcionar, ela puxou a arma como se fosse um imã. Assim que ela bateu no aparelho, houve o disparo. Por pouco, o tiro não atingiu funcionários.

Em nota, o laboratório lamentou o que chamou de incidente e informou que não sabia que o acompanhante estava armado.

Ressaltou também que todos os protocolos de prevenção de acidentes foram seguidos e informou ainda que a paciente e o acompanhante foram devidamente orientados quanto aos procedimentos da ressonância e alertados sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico para entrarem na sala de exame, e que ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação.

Desde então, Leandro permanece internado no Hospital São Luiz, também na cidade de São Paulo.

A Polícia Civil investiga o caso como disparo de arma de fogo. Leandro possui autorização para portar a arma. O 14º Distrito Policial (DP), em Pinheiros pediu que o Instituto de Criminalística (IC) periciasse a arma e o local onde ocorreu o disparo.

“Quanto aos fatos ocorridos, não há nada a declarar. A família não detém o conhecimento dos fatos e a apuração já foi iniciada pelos meios legais, e qualquer menção neste momento é precipitada. A família pede o respeito neste momento delicado, pois, a preocupação é na plena recuperação do Dr. Leandro”, informa outro trecho da nota divulgada pelos parentes dele, por meio de outro advogado.