Política

Atos golpistas: Senado identifica mais 23 envolvidos, e Pacheco pedirá investigação à PGR

Expectativa é que representação seja entregue ainda nesta semana. No dia 8 de janeiro, vândalos bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso, o Planalto e o STF.

A Polícia Legislativa do Senado informou nesta quarta-feira (25) que identificou mais 23 pessoas envolvidas nos atos terroristas de 8 de janeiro que depredaram o Congresso Nacional.

Golpistas dentro do Palácio do Planalto neste domingo (8) — Foto: Adriano Machado / Reuters

O g1 apurou que, diante dessa informação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve enviar ainda nesta semana à Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido para que esses suspeitos sejam investigados.

No último dia 8, vândalos bolsonaristas radicais invadiram e depredaram em Brasília os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Os terroristas também danificaram obras de arte e destruíram móveis e equipamentos de trabalho dos funcionários.

Desde então, houve vários desdobramentos, como:

  • a prisão de vários desses terroristas;
  • a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal;
  • a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres;
  • o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB); e
  • a identificação de militares envolvidos nos atos.

Se confirmada, esta será a segunda representação enviada pelo Senado à PGR.

No último dia 13, Rodrigo Pacheco entregou ao procurador-geral, Augusto Aras, uma representação com dados sobre os vândalos.

O Blog da Natuza Nery informou na ocasião que o Senado pediu a abertura de investigação sobre 38 pessoas. Posteriormente, a PGR denunciou 39 pessoas.

Somando as duas representações, portanto, pode chegar a 61 o número de pessoas identificadas pelo Senado envolvidas nos atos terroristas no Congresso.

Presidente do Senado pede a Aras que denuncie 38 invasores do Congresso

O Blog da Ana Flor informou nesta quarta que o tenente-coronel Nélio Moura Bertolino assumirá o comando do Batalhão da Guarda Presidencial.

Bertolino substituirá o coronel Paulo José Fernandes da Hora, é investigado no bojo da invasão do Palácio do Planalto em 8 de janeiro.

Além da ausência de integrantes da Guarda Presidencial para proteger o Planalto no dia dos atos terroristas, há um vídeo em que o coronel da Hora discute com um policial militar que tentava prender os vândalos.