O candidato à presidência do Senado Federal pelo Partido Liberal (PL), Rogério Marinho (RN), disse nesta segunda-feira (30) que o mais importante é o sentimento de “estabelecermos a independência e o tamanho do Senado”.
A declaração foi concedida a jornalistas na chegada do senador ao jantar de boas-vindas oferecido pelo PL aos deputados e senadores eleitos. Para Marinho, “muita coisa pode acontecer” até a eleição no Senado, marcada para esta quarta-feira (1º), e afirma que “tem procurado todo o colegiado”.
“Faltam dois dias ainda para o pleito, estamos animados. Acredito que, se a eleição fosse hoje, a gente teria condições de vencer. Até quarta-feira muita coisa pode acontecer, mas o mais importante é que há um sentimento no Senado de que é necessário estabelecermos a independência, o tamanho do Senado”, disse.
“Estou conversando com todas [as bancadas] que querem nos ouvir, e tenho procurado todo o colegiado”, completou o senador.
Marinho foi perguntado sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue em viagem nos Estados Unidos, nas articulações da candidatura do potiguar à presidência do Senado. O senador, que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente ajuda “na medida do possível”.
“O ex-presidente Bolsonaro, como qualquer cidadão brasileiro, no caso dele com a envergadura, a importância que ele tem, na medida do possível tem tentado nos ajudar. O que pauta a eleição não é um ‘terceiro turno’, como tem sido pregado por alguns. Este é um processo em que está em jogo a independência daquela Casa. O que está em jogo é a volta da importância do Senado da República”, disse o senador eleito.
Questionado sobre uma possível desistência da candidatura de Eduardo Girão (Podemos-CE) para apoiá-lo, Marinho afirmou que os dois estão “afinados” sobre uma parceria em eventual segundo turno.
“E é evidente que nós estamos afinados no sentido de que, havendo um segundo turno, nós estaremos juntos”, defendeu o senador.
A eleição para a Mesa Diretora do Senado acontece na tarde desta quarta-feira, data em que tomam posse os parlamentares eleitos em outubro de 2022. Para ser eleito presidente do Senado, o candidato deve obter, no mínimo, 41 votos. Os três partidos que formam a base da candidatura de Rogério Marinho – PP, Republicanos e PL – somam 23 senadores na legislatura que vai de 2023 a 2026.