Aprovados no concurso da Polícia Militar de Alagoas realizam no início da tarde desta quarta-feira, 1º, um protesto em frente a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), no Centro de Maceió, onde a partir das 14h os 27 deputados estaduais eleitos nas últimas eleições tomarão posse.
“Deixamos nossas casas e empregos para nomeação no dia 31 de Janeiro e às vésperas fomos descartados”, diz uma das faixas dos manifestantes.
O objetivo do movimento é cobrar ao governador Paulo Dantas (MDB) o compromisso assumido de nomeação dos aprovados e início do curso de formação ainda na primeira semana em Fevereiro.
Em entrevista à TV Pajuçara, uma das convocadas, que não quis se identificar, explicou que assim como ela, muitos dos futuros PMs são de outros estados e acabaram se mudando para Maceió e abandonando antigos empregos em suas cidades de origem na expectativa da nomeação.
“Nossa reivindicação é bem objetiva, é que nosso governador nomeie a gente como prometido. Ele disse que, no mais tardar, na primeira semana de fevereiro ele estaria nomeando a gente e posteriormente chamando para o curso de formação. Acho que aconteceu algum equívoco, que faltando um dia para acabar janeiro, possivelmente vai haver a fragmentação dos mil aprovados, 500 em abril e os outros 500 depois que os primeiros se formarem”, explicou a jovem que relatou ter abandonado um emprego em uma empresa de informática em Sergipe e vendido o carro, para se mudar para Maceió e criar uma logística para poder exercer a nova função.
A nota a qual se refere a mulher foi emitida pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) na manhã de ontem (31). Confira na íntegra:
O Governo do Estado de Alagoas informa que o início do Curso de Formação dos aprovados no Concurso da Polícia Militar de 2022 se dará em duas etapas: a primeira em abril e a segunda em dezembro, cada uma delas abrangendo 500 soldados alunos. Já os cadetes que iniciarão o curso de formação de oficiais, também serão divididos em duas turmas de 30 alunos, uma com início em fevereiro e outra em dezembro.
Essa decisão foi necessária em virtude de uma melhor adequação na formação e distribuição da tropa durante o curso, bem como o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O governo reafirma seu compromisso com um serviço público de qualidade e com a transparência em suas decisões.
O grupo permanece mobilizado com faixas e cartazes na praça da Assembleia e espera chamar atenção do governador.