Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN, o meia Raphael Veiga, do Palmeiras, saiu em defesa do técnico Abel Ferreira, que foi muito criticado por seu comportamento à beira do campo na vitória por 4 a 3 sobre o Flamengo, no último sábado (28), pela Supercopa do Brasil.
Na opinião de Veiga, Abel passa, sim, do limite em alguns momentos. No entanto, as análises sobre o treinador português também são desmedidas, na visão do camisa 23.
“A gente está todo dia com ele, convive diariamente e, no treino, ele é muito tranquilo. Na beira do campo, ele é totalmente diferente do que ele é com a gente no treino. Ele cobra, mas ele não é aquilo, e as pessoas não entendem”, apontou Raphael.
“E esse às vezes é o jeito dele colocar para fora a vontade de vencer. Alguns vão falar que ele passa dos limites, mas, na minha opinião, muitas pessoas passam do limite quando vão falar alguma coisa dele ou da postura dele”, acrescentou.
Questionado por Plihal se os atletas do Palmeiras se sentem defendidos por Abel Ferreira quando ele faz reclamações à beira do campo, Veiga confirmou que sim.
Falando especificamente sobre os ocorridos na Supercopa, o ídolo palestrino ressaltou que o treinador só perdeu o controle e chutou um microfone à beira do campo porque a arbitragem errou feio ao não dar escanteio para o Alviverde nos minutos finais da partida, depois que finalização de Jaílson desviou em David Luiz e saiu pela linha de fundo em seguida.
“(Os jogadores do Palmeiras se sentem) Muito, muito (defendidos). O Abel fala muito que a gente tem que estar tranquilo, focado, com a cabeça tranquila, cabeça fria e coração quente. É lógico que, em determinados momentos, o cara explode. Por exemplo: no jogo contra o Flamengo, teve um escanteio que foi muito escanteio, mas muito, e aí os caras saem jogando. Não aconteceu, mas e se ali acontece alguma coisa, algum gol? E aí essa indignação dele é por coisas como essa, só que as pessoas atacam ele falando coisas nada a ver”, afirmou.
Por fim, o meio-campista apontou que acha que dá para Abel se controlar mais em alguns momentos, mas ponderou que, muitas vezes, tanto arbitragem quanto imprensa pegam pesado demais com o comandante.
“Minha opinião: tem momentos que dá para ele estar mais tranquilo? Dá. Mas dá no meu ponto de vista, porque eu sou diferente dele. Eu não sei como é por dentro. Não dá para mensurar a vontade de ganhar de cada um”, explicou.
“Agora, o que eu sei é que, em determinados momentos e determinados jogos, na minha opinião, alguns árbitros, e até mesmo o pessoal da imprensa, qualquer coisa que ele faz… Uma lagartixa vira um jacaré”, finalizou.
