Segundo o delegado-geral Gustavo Xavier, as investigações da polícia judiciária e o trabalho da perícia resultaram no indiciamento dos três militares que integravam a guarnição. O comandante da guarnição, apontado como autor dos disparos contra o empresário, será indiciado pelos crimes de homicídio doloso, fraude processual e denunciação caluniosa.
O segundo militar foi denunciado por fraude processual e denunciação caluniosa e, o terceiro, por fraude processual. A comissão ainda irá representar por medidas cautelares, entre elas o pedido de prisão preventiva. O inquérito será remetido ao Ministério Público Estadual, que solicitou inicialmente a realização da reprodução simulada.
O perito-chefe do Instituto de Criminalística, Wellington Melo, explicou que foram realizados cinco exames, entre eles, análise na carabina da Polícia Militar, no revólver calibre 38, que os militares afirmavam estar em posse de Leite, exame balístico do veículo, além da reprodução simulada ocorrida em 14 de janeiro.
A investigação confirmou que a arma de fogo nunca existiu no veículo de Leite e foi colocada no carro do empresário para simular uma legítima defesa por parte dos militares. Esse, segundo o delegado Igor Diego, levou os delegados a indicar os militares por fraude processual e denunciação caluniosa.
A PC representou pela prisão preventiva de dois militares, por seguirem realizando suas atividades normalmente. As identidades dos militares não foram repassadas à imprensa. Quanto ao terceiro militar, foi representado pelo afastamento das atividades da PM.
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