Na tarde da última sexta-feira (10), uma tempestade se abateu sobre o Rio de Janeiro, com chuva forte e raios. Alguns deles caíram no Cristo Redentor, e o fotógrafo Fernando Braga conseguiu registrá-los. As imagens correram o mundo.
As descargas, segundo o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, queimaram a iluminação do monumento e computadores — mas a estátua saiu ilesa.
“Todo o sistema de iluminação e internet ficou avariado”, disse o Santuário. Queimaram os holofotes de LED voltados para o Cristo e as lâmpadas da Capela Nossa Senhora Aparecida, que fica na base do monumento.
Na manhã deste domingo (12), uma equipe, incluindo alpinistas, fez uma avaliação para identificar possíveis danos causados à estrutura do monumento ao Cristo Redentor.
“A inspeção constatou que não houve dano ao monumento”, afirmou o Santuário.
Novos para-raios
Em 2015, foi diagnosticado que o sistema de proteção contra descargas atmosféricas no Cristo não garantia sua integridade, representando sério risco à estrutura.
Uma adequação foi realizada em 2021, com a instalação da nova coroa com dimensão quatro vezes maior que a antigos, além de captores e aterramento mais robustos.
“Depois do susto, a certeza de que o esforço realizado diariamente pela Arquidiocese e sua equipe técnica está na direção correta para garantir a preservação da integridade do Cristo Redentor diante do constante desafio cobrado pelo tempo e pela exposição junto à natureza”, destacou o engenheiro João Racine.
“Nosso símbolo maior, atingido por fortes descargas elétricas, mostrou-se resistente mais uma vez. De forma recorrente atingido por todo tipo de intempéries climáticas, permanece iluminando o céu, resiliente, acolhedor e solidário como cada brasileiro”, afirma o reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, Padre Omar.