O mundo conhecerá na próxima segunda-feira (27) quem ganhará o prêmio The Best da Fifa, destinado ao melhor jogador da temporada passada (período de agosto de 2021 a dezembro de 2022). O evento tem três estrelas principais: Karim Benzema, Kylian Mbappé e Lionel Messi.
Só esses três nomes têm a chance de terminar a noite como melhor jogador do mundo. Para muitos analistas, Benzema é o claro favorito, ainda mais após ganhar a Bola de Ouro da France Football, e Mbappé corre por fora por não ter uma grande conquista no período. Mas é Messi quem merece todas as atenções no tapete vermelho.
Sem faturar o prêmio desde 2019, o craque argentino tem na Copa do Mundo a sua grande carta na manga. Foi ele o grande responsável por levar o país ao título no Qatar, uma taça que seus compatriotas não levantavam desde 1986. Se isso for suficiente para ganhar o The Best, Messi conseguirá reescrever uma história que ele mesmo ajudou a quebrar no passado.
Bem antes do atual The Best, a Fifa começou a premiar o melhor jogador do mundo em 1991, ano em que o alemão Lothar Matthäus foi o escolhido. Deste primeiro ano até 2009, uma regra jamais foi quebrada: em ano de Copa, o campeão sempre ficava com o posto de grande jogador do planeta. Foi assim com:
Além de conquistarem o mundo por suas seleções, outra curiosidade unia esses nomes: nenhum conquistou a Champions League no mesmo ano. Romário e Zidane foram, no máximo, vices com Barcelona e Juventus, respectivamente. Ou seja: na hora de desempate, essa era uma época em que a Copa do Mundo de seleções se sobressaía sobre o grande torneio de clubes da Europa.
A era Messi – e Cristiano Ronaldo
A partir de 2010, ano do Mundial da África do Sul, Fifa e France Football uniram seus prestigiados prêmios para criar o FIFA Ballon d’Or. E isso tudo em meio a uma era que havia começado dois anos antes, sem ninguém perceber.
Em 2008, Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor jogador do mundo pela primeira vez na carreira. Na temporada seguinte, o aclamado foi Lionel Messi. E assim os dois maiores das últimas décadas iniciaram uma disputa que durou anos e anos, dentro e fora dos gramados.
Só que, diante do desempenho espetacular de ambos em seus clubes, mas nem tão vencedor nas seleções, a importância da Copa do Mundo diminuiu na decisão dos vencedores. Campeões com a Espanha em 2010, Xavi e Andrés Iniesta apenas aplaudiram, do palco, o colega de Barcelona Messi levar o prêmio em 2010.
Quatro anos depois, Cristiano Ronaldo reassumiu o posto mesmo tendo sido eliminado na primeira fase da Copa disputada no Brasil. A campeã foi a Alemanha, de Manuel Neuer, que conseguiu no máximo ser o terceiro mais votado, atrás até de Messi, o vice.
Ronaldo e Messi revezaram-se na primeira posição de 2008 até 2017, quando Luka Modric quebrou a sequência e foi eleito o grande jogador do ano de 2018. O desempenho na Copa fez a diferença, claro, mas o croata não foi o campeão, e sim os franceses. Na Champions League, porém, a taça foi do Real Madrid de Modric, provando que a competição europeia seguiu como critério de desempate.
E agora?
Eis que Messi tem a oportunidade de mexer naquilo que ele mesmo conseguiu mudar. No período avaliado pela Fifa, o craque fracassou com o PSG na Champions League, mas brilhou imensamente no Qatar ao ser campeão do mundo pela Argentina. A final, por sinal, foi ganha em cima da França de Mbappé, seu colega de ataque em Paris.
Quem desafia o argentino, porém, conta com o peso da Champions a seu favor. Entre tantas atuações brilhantes entre 2021 e 2022, Benzema levou o Real Madrid a mais um título europeu. Depois, machucado, sequer disputou a Copa do Mundo.
Todos os ganhadores do prêmio de melhor do mundo da Fifa