A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito sobre a morte da jovem Thalita Borges de Araújo, que foi assassinada a facadas no mês passado na cidade de Arapiraca, agreste alagoano.
Segundo informações do delegado Everton Gonçalves, da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, as investigações concluíram que a vítima, que trabalhava como garota de programa, morreu ao se desentender com o acusado após marcar um encontro por meio de um site de acompanhantes.
“A vítima era do Rio Grande do Norte e chegou em Alagoas no dia anterior ao crime. Ela chegou ao estado com o objetivo de trabalhar como acompanhante. A vítima e o autor não se conheciam e acabaram se conhecendo neste episódio trágico. Inclusive, o autor confessou que acessou o site no dia do crime, visualizou o perfil da vítima e marcou um encontro para o início da noite. Durante o encontrou, houve um desentendimento, o que acabou ocasionando no assassinato”, disse o delegado.
Em depoimento, o acusado confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Ele contou que a vítima tentou o esfaquear após desentendimento sobre o valor cobrado pelo Thalita Borges pelo programa.
“Importante ressaltar que esta versão apresentada pelo autor não encontra nenhum tipo de amparo com os elementos colhidos. Tratando-se ao ver da investigação como uma versão mentirosa. O que se tem é que o autor se irritou à tarde e início da noite porque a vítima demorou a atendê-lo. Ele chegou a ir à residência, onde marcaram o encontro, chamando-a duas ou três vezes e não foi atendido. Isto gerou uma irritação. Por fim, quando ela o recebeu no início da noite, houve um desentendimento por conta desta demora. Apuramos também que a vítima pode ter sido morta por ter recusado a realizar o programa com o autor, pois foi comprado durante as investigações que não houve relações sexuais entre eles”, informou o delegado.
O delegado explicou ainda que o caso não se trata de crime de feminicídio, pois não estão previstos os requisitos legais para isto. Assim sendo, o acusado foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil e por recurso que dificultou a defesa da vítima.
O acusado segue preso no Sistema Prisional onde permanece à disposição da Justiça.