A Suzano conseguiu a terceira liminar para a reintegração de posse das áreas invadidas pelo Movimento Sem Terra (MST) no sul da Bahia. Agora a empresa já possui ordens da Justiça determinando a desocupação de todas as áreas invadidas.
Nesta segunda-feira (6), foi a vez da área localizada em Caravelas. Na semana passada, a Justiça já havia determinado a desocupação das fazendas em Teixeira de Freitas e Mucuri.
Até agora, a Polícia Militar, subordinada ao governo da Bahia, ainda não cumpriu as ordens de desocupação. Pela legislação, a PM tem cerca de 15 dias para agir.
A juíza Cintia França Ribeiro determinou multa de R$ 1.000 por dia por pessoa participante da ocupação.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, pediu ao MST para desocupar as fazendas e iniciar negociações com a empresa, mas até agora não teve resposta.
Uma reunião está previamente agendada para quarta-feira. Em entrevista à CNN, Walter Schalka, presidente da Suzano, disse que “não tem diálogo com o MST enquanto não desocuparem as propriedades”.
O MST reclama de um acordo de 2011 para assentamento de famílias em áreas da companhia, que não teria sido cumprido. A Suzano alega que o Incra não realizou as desmarcações.
A legislação brasileira proíbe invasões de terra e só autoriza desapropriações para fins de reforma agrária de regiões improdutivas. As fazendas invadidas pelo MST são produtivas.
A Suzano informa que gera 7.000 empregos diretos e 20 mil indiretos no sul da Bahia.
Nesta segunda, Paulo Teixeira, disse à CNN que aguarda para esta terça-feira (7) a saída do MST das propriedades da Suzano. “Amanhã esperamos a saída deles. A negociação será na quarta. Estamos dialogando para uma solução negociada”, afirmou.