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PF acha R$ 270 mil em dinheiro na casa de filho de desembargador investigado por venda de sentenças a traficantes

Dinheiro apreendido em casa de advogado filho de desembargador do TRF-1, no Maranhão — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Agentes da Polícia Federal encontraram R$ 270 mil em dinheiro vivo em um cofre na casa de um advogado, filho de um desembargador do Tribunal Regional Federal. O dinheiro estava em um imóvel no Maranhão, alvo de buscas nesta terça-feira (14).

Ambos são suspeitos de atuar na venda de sentenças a traficantes internacionais de drogas. O filho do desembargador terá de explicar aos policiais porque mantinha tanto dinheiro em casa – e a origem dos valores.

A PF deflagrou nesta terça duas operações sobre o caso. Uma delas, intitulada “Habeas Pater”, investiga suspeita de corrupção ativa e passiva e inclui mandados de busca e apreensão em Brasília, Belo Horizonte e São Luís.

Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça ( STJ) – tribunal competente para investigar desembargadores. Se condenados, as penas do desembargador e do filho podem chegar a 12 anos de prisão.

O G1 tentou entrar em contato com o advogado, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. Em nota, o gabinete do desembargador disse que a operação corre em sigilo e que o suspeito não tem nada a declarar.

OPERAÇÃO FLIGHT LEVEL 2

A dupla é suspeita de ligação com investigados da “Operação Flight Level 2”, deflagrada pela PF também nesta terça. Os mandados são cumpridos em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.

De acordo com as investigações, os suspeitos na primeira fase da operação seriam uma “célula” de uma organização criminosa maior voltada ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.

Foram identificadas compras de imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos sem que os rendimentos declarados fossem suficientes para justificar o acréscimo patrimonial no período.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro com penas que, somadas, podem chegar a 38 anos de prisão.