O saneamento básico é um direito básico de todo cidadão e representa uma das maiores preocupações do poder público quando se fala de grandes cidades no Brasil. No entanto, a realidade é preocupante, sobretudo quando comparada com outros países mais desenvolvidos. Aproximadamente 35 milhões de pessoas no Brasil vivem sem água tratada e cerca de 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto, o que corresponde a quase metade da população do país.
Um estudo do Instituto Trata Brasil com a GO Associados divulgado nesta segunda-feira (20) trouxe uma visão geral sobre o saneamento básico em todo o país. Maceió figura na 8ª posição quando se fala das cidades com piores indicadores de saneamento básico do país, ficando à frente do Macapá (AP), Marabá (PA), Porto Velho (RO), Santarém (PA), São Gonçalo (RJ), Belém (PA) e Rio Branco (AC).
A pesquisa avaliou indicadores de saneamento das 100 maiores cidades brasileiras, utilizando dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2021, ou seja, ainda no primeiro ano da gestão do prefeito JHC, em Maceió. Confira o ranking:
O Alagoas24Horas entrou em contato com a Casal e com a BRK, que atuam no saneamento na capital alagoana. Ambas se pronunciaram por meio de nota. Veja na íntegra:
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informa que o ranking do SNIS se refere a dados de 2020. Nos últimos dois anos, Alagoas fez o maior investimento em saneamento e distribuição de água de sua história, elevando, por exemplo,
a coleta e tratamento de esgoto em Maceió para 55%. O Governo de Alagoas ressalta que foi pioneiro em realizar concessões públicas desse serviço com o objetivo de acelerar a transformação e garantir a universalização dos serviços nos próximos anos.
A BRK informa que começou a operar em Maceió somente a partir de julho de 2021, ano de referência do estudo apresentado pelo Trata Brasil, e, por isso, os dados ainda fazem referência a uma realidade anterior à chegada da concessionária. Entre os compromissos assumidos pela empresa junto ao poder concedente, estão a universalização dos serviços de água em até seis anos e dos serviços de esgoto em até oito anos, além da redução da perda de água para, no máximo, 25% em 20 anos.
Desde que assumiu os sistemas de distribuição de água e esgotamento sanitário na Região Metropolitana de Maceió, a concessionária já investiu mais de R$ 240 milhões para garantir a segurança operacional da infraestrutura existente, além de iniciar as obras de expansão dos serviços de esgotamento sanitário nos municípios de Atalaia, Barra de São Miguel e Marechal Deodoro, que seguem em ritmo acelerado.
Em Maceió, além das inúmeras manutenções dos sistemas atuais, a empresa trabalha na finalização dos projetos executivos, com o detalhamento das obras estruturantes que serão responsáveis pela universalização do acesso aos serviços de água e esgoto.
BRK
Até o momento, a equipe de reportagem do Alagoas 24 Horas ainda não recebeu posicionamento da BRK.
Melhores cidades
Entre as cidades com melhor avaliação no estudo, São José do Rio Preto (SP) lidera o ranking que conta com as 100 cidades mais bem avaliadas. Confira: