Polícia

Motoboy é ameaçado ao se negar a subir para entregar pedido: ‘Se eu descesse armado, te dava uma coronhada!’, diz cliente

'Ele falou que anotou a minha placa, falou que anotou meu nome, que ia me matar porque era da milícia', contou o motoboy. Caso foi registrado na 32ª DP (Taquara).

Um entregador de aplicativo foi ameaçado por um cliente por não subir no apartamento para dar o lanche. Ele gravou um vídeo e registrou a ocorrência na Polícia Civil.

“Se eu descesse armado, te dava uma coronhada!”, gritou o morador.

Robson José da Silva contou que trabalha como entregador há três anos. Por volta das 23h do último domingo (19), foi atender a um pedido em um condomínio na Estrada do Camorim, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

O motoboy disse que avisou que chegou na portaria e mandou uma mensagem para o destinatário pedindo para que descesse e pegasse o lanche com ele pois não poderia subir. A dona da conta respondeu dizendo que todos os entregadores sempre iam até a porta do apartamento dela.

Robson afirmou que, minutos depois, um homem desceu bastante alterado para falar com ele na portaria e, por isso, começou a filmar.

  • Morador: “Tu é brabo daonde, meu parceiro?”
  • Robson: “Eu só não posso subir.”
  • Morador: “Aqui tu só morre por causa de milícia, meu parceiro, se eu descesse armado, te dava uma coronhada, seu filho da p*ta!”

A TV Globo tenta contato com o morador e com o condomínio.

Robson disse que, no domingo, estava trabalhando desde as 8h.

“Cheguei no condomínio para fazer uma entrega no aplicativo. Pedi para o porteiro interfonar para o cliente, que se negou a descer. E, na mesma hora, falou que ia cancelar. Eu falei ok, vou entrar no suporte, vou fazer o cancelamento e devolver para a loja. Na mesma hora, coisa de 5 minutos para entrar no aplicativo, ele desceu, perguntou por que eu não subi. Eu falei que não era obrigado a subir”, disse Robson.

O entregador contou que foi ameaçado. “E já começou com ameaça dizendo que era miliciano. Ele falou que anotou a minha placa, falou que anotou meu nome, que ia me matar porque era da milícia”, afirmou Robson.

O entregador decidiu ligar para a polícia, e uma equipe da PM foi ao local. De acordo com Robson, o homem não quis se identificar para os policiais.

Depois, o entregador procurou a 32ª DP (Taquara) e prestou uma queixa por injúria e ameaça.