Os serviços ofertados pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas à população vão muito além de ensino, pesquisa e extensão. A Uncisal conta com um Centro Especializado em Reabilitação, que disponibiliza de segunda à sexta-feira atendimento gratuito e por hora previamente agendada para pacientes que necessitam de reabilitação física, auditiva e intelectual. O CER funciona no Trapiche, ao lado do prédio-sede da universidade. Por meio dele, profissionais das áreas da Medicina, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Psicologia atuam para reabilitar os pacientes, garantindo mais qualidade de vida.
Os atendimentos geralmente acontecem mediante encaminhamento, de acordo com Janayna Cajueiro, coordenadora-geral do CER da Uncisal. No entanto, em alguns casos, equipes da própria unidade assistencial podem realizar a triagem e direcionar os pacientes para os profissionais adequados. As marcações acontecem diretamente na sede do serviço, no Trapiche, em Maceió. “Qualquer pessoa do estado pode ter acesso ao serviço. A gente é referência estadual. Atendemos desde pessoas com encaminhamento, com o diagnóstico fechado, como também pessoas com encaminhamento sem diagnóstico fechado, que passam por uma triagem através dos nossos profissionais”, explica Janayna Cajueiro.
De acordo com a psicóloga Aline Accioly, responsável pelo setor de triagem do Centro Especializado em Reabilitação da Uncisal, a unidade conta, atualmente, com duas equipes de triagem: uma infanto-juvenil e outra adulto-idoso. As avaliações acontecem uma vez por semana. A triagem infanto-juvenil acontece às quartas à tarde e a triagem adulto-idoso acontece às quintas-feiras pela manhã. “Na triagem infanto-juvenil, nós atendemos entre 28 e 30 pacientes por mês. Na triagem adulto-idoso, são atendidos aproximadamente 40 pacientes por mês. Após esse processo, nós conseguimos dar o direcionamento para a terapia adequada ou para as múltiplas terapias que são ofertadas”, destaca Accioly.
O CER da Uncisal atende, em média, cerca de 200 pacientes por mês na reabilitação física; entre 130 e 150 pacientes na área intelectual; e entre 200 e 250 pacientes na rede auditiva. Além dos atendimentos, a unidade faz a entrega de órteses de membros superiores e de aparelhos auditivos. A entrega de cadeiras de rodas aguarda a conclusão de processos licitatórios.
INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E ASSISTÊNCIA
A fonoaudióloga e professora da Uncisal Cecília Marques é uma das profissionais que atendem no Centro Especializado em Reabilitação (CER), na área de linguagem. Além de atuar na área assistencial, Cecília conta que consegue integrar o trabalho com o ensino e com a pesquisa, promovendo o intercâmbio de conhecimento na universidade.
“O CER acaba sendo campo para pesquisas. Isso é muito bom não só para os estudantes, que aprendem de forma concreta e encontram na unidade um campo de estágio, mas para os pacientes, porque a gente dá uma devolutiva completa e consegue promover outras avaliações. Também é bom para a própria ciência, garantindo a interação entre os campos do saber”, pontua a fonoaudióloga e professora.
Cecília Marques atua especificamente na área de linguagem. “Atendo crianças que tenham, por exemplo, atraso na fala, que não falam ou que trocam fala; que tenham certa dificuldade de aprendizagem; crianças dentro do espectro autista; além de temas que envolvam essas questões de linguagem”, acrescenta.
O servidor público Caio Corte é pai de uma criança de 4 anos que é atendida pelo CER da Uncisal. Ele afirma que chegou a buscar terapias na iniciativa privada, mas que não viu as iniciativas surtirem efeito. O servidor destaca a qualidade do trabalho desenvolvido no Centro Especializado em Reabilitação. “Meu filho é atendido no CER há aproximadamente um ano. Começou aos 3 anos e agora ele está com 4. Quando começou a terapia, falava poucas palavras, como “papá”. Então, eu me preocupei. Já busquei diversos tipos de atendimento, mas não encontrei tamanha eficiência como no CER. Hoje ele desenvolveu 100%. Eu até brinco com a Cecília [Marques], que é quem atende ele, que eu preciso fazer o trabalho inverso agora, porque ele fala 24 horas”, afirma em tom descontraído o servidor público.