Mulher acusada de violência contra vulnerável é presa em Maragogi, após intervenção do MPAL

Uma mulher, acusada de violência contra vulnerável, no povoado de São Bento, no município de Maragogi, no Litoral Norte do estado, foi presa nessa quarta-feira (22), após denúncia de vizinhos e provocação ao Ministério Público de Alagoas (MPAL), que acompanha o caso.

A suspeita foi filmada enquanto agredia fisicamente um homem de 57 anos, debilitado e sem condições de defesa, durante o banho. Ela era a responsável por cuidar do senhor, mas não possui parentesco com ele.

Após as imagens circularem nas redes sociais e chagarem ao conhecimento da promotora de Justiça Francisca Paula, ela acionou os agentes da segurança pública para uma averiguação. No endereço da autora, a Polícia Civil constatou a veracidade das denúncias e encaminhou a agressora para a delegacia onde ela aguardaria detida pela audiência de custódia.

Em depoimento à equipe do 92º Distrito Policial, a agressora contou que resolveu cuidar do homem por pena, porque ele é alcoólatra e não tinha parentes na cidade.

“Fiquei a par dos fatos por volta de umas nove horas e imediatamente adotei as medidas cabíveis. Era preciso que as polícias fossem até o imóvel para uma constatação ou flagrante. Eles comprovaram a violência contra o cidadão que é doente, debilitado, que depende de ajuda para se locomover e deram voz de prisão a autora”, relata.

Nas imagens que iniciaram a denúncia, a vítima aparece sem roupas, sentada no chão durante um banho com balde d’água. A mulher grita, joga vários baldes d’água sobre a cabeça dele e ainda segura-o com uma toalha pelo pescoço, tentando forçá-lo a ficar em pé. O homem não reage em nenhum momento.

Paralelamente, a titular da Promotoria de Justiça de Maragogi também manteve contato com o secretário de Saúde pedindo que encaminhasse uma equipe com ambulância para atendimento de primeiros socorros à vítima e também sua retirada do local.

Um irmão da vítima foi localizado e contatado. Ele assumiu a responsabilidade de cuidar do homem, que havia sido rejeitado pela família por conta do alcoolismo. A vítima morava nessa casa há pelo menos 13 anos.

“Os profissionais da saúde foram até a residência e lá recepcionados sob ameaça dos filhos da mulher acusada das agressões. A equipe por medo recuou e fui avisada, sem ter alternativa pedi que a polícia a escoltasse para garantir a retirada segura da vítima e seu traslado para a UPA. E isso ocorreu. Também, depois, localizamos um irmão da vítima que assumiu o compromisso de cuidar dela. Apesar de ter apenas 57 anos, o cidadão, que era alcoólatra, aparenta mais idade e foi confundido com um idoso”, explica Francisca Paula.

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