Em decreto, Francisco tornou definitivas as medidas que obrigam padres a relatarem aos superiores qualquer suspeita de abuso e que responsabilizam bispos diretamente por acobertarem casos.
O papa Francisco atualizou neste sábado as regras para lidar com abuso sexual na Igreja Católica Romana, ampliando o seu escopo para incluir líderes católicos leigos.
Líderes leigos são aqueles que não fazem parte da hierarquia eclesiástica (o clero), mas já são líderes de suas igrejas.
O papa emitiu o decreto em 2019 tornando obrigatório que todos os padres e membros de ordens religiosas relatem qualquer suspeita de abuso e responsabilizando bispos diretamente por qualquer abuso cometido ou acobertado por eles.
As medidas foram introduzidas de forma temporária em um primeiro momento, mas, neste sábado (25), o Vaticano afirmou que se tornariam definitivas a partir de 30 de abril e incluirão elementos adicionais com o objetivo de reforçar o combate ao abuso sexual dentro da Igreja.
Escândalos de abusos destruíram a reputação do Vaticano em muitos países e têm sido um grande desafio para o papa Francisco, que aprovou uma série de medidas durante os últimos 10 anos que buscam responsabilizar a hierarquia da Igreja.
Críticos afirmam que as medidas tiveram efeitos mistos e acusam Francisco de relutar em exonerar membros abusivos.