Interior

Após grave acidente na Lagoa Mundaú, pescadores protestam por mais segurança

Após o grave acidente entre um barco e uma moto aquática que deixou dois mortos e um ferido na Lagoa Mundaú no mês passado, pescadores protestaram por mais segurança, neste domingo (26), nas imediações do Bar do Joel, na Ilha de Santa Rita, em Marechal Deodoro.

Os manifestantes bloquearam o fluxo de embarcações no local, perfilando embarcações em um trecho da Lagoa e mostrando cartazes em que pedem às autoridades medidas que evitem novos acidentes para que eles possam trabalhar com segurança.

O acidente – No dia 24 de fevereiro, o empresário Joel Juvêncio, dono do Bar do Joel na Ilha de Santa Rita, e mais dois funcionários, José Benedito dos Santos e José Cícero dos Santos, estavam pescando em um barco na Lagoa Mundaú quando a embarcação foi atingida por uma moto aquática. Com o impacto, os três ficaram feridos, sendo resgatados por populares. 

Eles foram levados ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, por equipes do Corpo de Bombeiros e Samu. No entanto, nos dias seguintes, José Benedito e José Cícero não resistiram aos ferimentos e entraram em óbito. Já o empresário Joel Juvêncio apresentou melhora, ficou internado alguns dias, conseguiu se recuperar e recebeu alta médica.

O condutor do jet ski, Lucas Medeiros, que é policial militar em Pernambuco, esteve no 17º DP, acompanhado do advogado, para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ele nega que tenha fugido do local sem prestar socorro e classifica o caso como uma fatalidade.

Desde o acidente, testemunhas estão sendo ouvidas sobre o caso. No dia 14 de março, o empresário também esteve na delegacia e prestou depoimento sobre o acidente. A Marinha do Brasil também realizou uma simulação para determinar a dinâmica do acidente.

“Ninguém sai de casa para matar nem causar acidente”, diz condutor de jet ski

Marinha faz simulação do acidente entre embarcação e moto aquática na Lagoa Mundaú

Na última sexta-feira, a Polícia Civil informou que prorrogou por mais 30 dias o inquérito que investiga o acidente. Segundo informações do 17º Distrito Policial, a delegada Liana Franco precisa ainda ouvir duas testemunhas, indicadas pela Marinha do Brasil, que são determinantes para a conclusão do inquérito. Além disso, está sendo aguardado o laudo da perícia realizada pela Marinha do Brasil sobre o acidente.