Polícia

PC recupera celular de farmacêutica vítima de feminicídio e dois são presos por receptação

O celular de modelo iPhone foi subtraído da vítima na ocasião do feminicídio. A dupla, que foi presa em posse do aparelho, alegou que adquiriu o celular na "Feira do Rato" por R$ 2 mil.

Reprodução/Redes Sociais

Marcelle foi morta a pedradas. Principal suspeito é o ex-companheiro da vítima.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), recuperou, nesta quinta-feira (30), o celular da farmacêutica Marcelle Christine da Silva de Bulhões, morta a pedradas pelo ex-namorado, no Conjunto Village Campestre, Cidade Universitária, no dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher.

Dois jovens de 20 e 22 anos foram presos, na Ponta Grossa, pelo crime de receptação. De acordo com informações do delegado Thiago Prado, responsável pelo caso, o celular de modelo iPhone foi subtraído da vítima na ocasião do feminicídio.

A dupla, que foi presa em posse do aparelho, alegou que adquiriu o celular na “Feira do Rato” com uma pessoa desconhecida, pelo valor de R$ 2 mil. O delegado informou ainda que a família da vítima já foi contatada para ser restituída da posse do aparelho roubado. Veja vídeo:

Além disso, de acordo com a PC, o inquérito policial já foi concluído e o autor foi indiciado pelo crime de feminicídio, com a qualificadora de meio cruel, sendo que a pena pode chegar a até 30 anos de prisão.

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O caso – Marcelle Chistine Silva de Bulhões, de 44 anos, foi brutalmente assassinada a pedradas, nas primeiras horas do dia 08 de Março de 2023, Dia Internacional da Mulher, no Conjunto Village Campestre, no bairro Cidade Universitária, parte alta da cidade.

A informação inicial era de que o principal suspeito era o ex-marido da vítima e a motivação teria sido ciúmes. No dia seguinte, porém, o delegado Thiago Prado, que está à frente da operação, informou que o principal suspeito, na verdade, tratava-se do último namorado de Marcelle e que ele estava inconformado com o término do relacionamento e foi até a casa da vítima na tentativa de fazer as pazes.

Marcelle e o suspeito teriam discutido dentro da casa dela, ocasião em que ele teria a agredido e ela se trancado no quarto com o intuito de chamar a polícia. Ele arrombou a porta do quarto para impedi-la e na tentativa de pedir socorro, a vítima correu para a rua gritando e tentou entrar no carro para fugir do agressor, ao contrário da primeira versão que veio à tona, que dava conta que o suspeito teria tentado colocar Marcelle à força dentro do carro.

Quando ela começou a gritar ele pegou a pedra que estava na rua e a atingiu na cabeça com o intuito de fazer com que ela parasse de gritar, pois temia ser preso. “Esse primeiro golpe foi suficiente para rachar a pedra ao meio. Não satisfeito, ele pegou uma parte da pedra rachada e desferiu mais dois golpes na cabeça da vítima, o que a levou a óbito”, detalhou Prado.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada a uma unidade de saúde, mas em seguida não resistiu e morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche.

A Polícia Militar foi acionada às 01h14 da madrugada para conter a situação, mas quando os militares chegaram ao local, a mulher já havia sido socorrida.