Brasil

Quem é a mulher que ficou mais de 10 horas enterrada viva em MG

Ela foi encontrada em uma gaveta mortuária fechada com tijolos e cimento na terça-feira (28) em um cemitério da Zona da Mata mineira. Caso segue em investigação.

A mulher de 36 anos agredida e enterrada viva por criminosos em um cemitério de Minas Gerais tem 4 filhos e mora em uma área periférica de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira.

Com Ensino Fundamental incompleto, ela mora no Bairro Alto do Boa Vista. A cidade tem 42.965 habitantes, segundo o último Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na terça-feira (28), a mulher foi encontrada por coveiros em uma gaveta mortuária fechada após ter passado mais de 10 horas no local. Devido às agressões, a paciente teve traumatismo craniano, cortes no couro cabeludo, lesão grave no dedo da mão e fratura nos braços.

Ela estava com o marido em casa, segundo os policiais, quando criminosos chegaram no imóvel cobrando por armas e drogas que teriam sido armazenadas na residência. O companheiro dela conseguiu fugir. O caso segue em investigação.

Mulher é encontrada enterrada

A mulher foi encontrada na terça-feira de manhã por coveiros. Eles chegaram para trabalhar e localizaram a estrutura fechada com cimento fresco e sangue no local. Policiais foram chamados e ouviram gritos de socorro. A suspeita é que ela tenha ficado 10 horas no túmulo.

“Acredito que possa ser um período aproximado de 10 horas. Se a gente fizer um cálculo, o horário pode ser um indício. Ela pode ter sido colocada lá de 22h a 2h da manhã”, explicou tenente da Polícia Militar Ely Dias Moreira.

De acordo com a Polícia Civil, ela foi colocada no local, sem caixão, como forma de vingança por não entregar armas e drogas que estaria guardando a pedido dos autores do crime. A mulher alegou que o material foi “extraviado”.

Melhora no estado de saúde

A mulher apresentou melhora no quadro de saúde, conforme atualização dada nesta quinta-feira (30) pelo médico Henrique Slaib, diretor geral do Hospital São João Batista e cirurgião assistente da paciente.

A mulher segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas começou a se alimentar e a conversar nesta quinta-feira. Ainda conforme o médico, ela ainda não tem previsão de alta.

“Ela chegou muito suja, com vários cortes grandes no couro cabeludo, uma lesão grave no dedo da mão, fratura nos braços e possivelmente uma fratura de perna, além de traumatismo cranioencefálico (TCE)”, disse o profissional de saúde ao g1.