Um dos maiores eventos do setor no país acontece em Alagoas até o próximo dia 13 de abril; Governador de Sergipe também foi um dos convidados
O mercado onshore no Brasil tem se mostrado crucial para o desenvolvimento econômico do país, contribuindo para a geração de emprego e renda e o Estado de Alagoas tem sido destaque nacional pelo uso de energias renováveis. Estes foram pontos do discurso do governador Paulo Dantas durante a abertura do Onshore Week 2023, iniciado nesta terça-feira (11), onde ele também defendeu a revisão na política do preço do gás, para que seja possível mais competitividade e mais investimentos para o setor em Alagoas, beneficiando a economia do Estado.
“Alagoas tem se destacado por ter grande parte do uso energético através de recursos renováveis. É preciso revisar a política de preços do gás no Brasil, onde estados produtores pagam o mesmo valor que os estados que não produzem, assim como a competitividade com o mercado externo. É preciso que o Poder Executivo esteja alinhado com o Legislativo para que leis que contribuam para competitividade, que possibilite mais investimentos e também a captação de novas indústrias fortalecendo a economia, gerando milhares de empregos e renda”, afirmou.
O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, também defendeu a revisão na política de preços do gás, reforçando que a política de preços deve ser revisada. “Tenho sido notificado por indústrias e empresas, que os valores pagos por eles pelo gás é alto, o que prejudica a produção lá em Sergipe. É preciso que seja revista essa política de preços para que os estados produtores possam ser mais atrativos e competitivos”, disse.
A produção onshore representa 6% do total nacional de petróleo e gás. Com a tendência de crescimento desse setor, as empresas planejam investir cerca de R$ 40 bilhões em projetos que visam maximizar a produção, recuperação e ampliação da vida útil dos campos terrestres até 2029. Karine Fragoso, diretora geral da Onip, ressaltou a importância do do encontro em discutir não apenas a produção de petróleo e gás, mas também a monetização dessa produção e os caminhos para flexibilizar as oportunidades de consumo.
“A entrada de novos atores e o fortalecimento de antigos, tornam o momento único e especial com empresas que estão contratando e ativando a economia. Durante esse encontro aqui em Alagoas, estado que atingiu a marca de 81% do uso energético por meio de recursos renováveis, vamos compartilhar as perspectivas quanto ao papel do Onshore na transição para uma economia de baixo carbono, trazendo experiências internacionais para aprimorar o mercado, estimular a qualificação profissional e desenvolver novas novas competências e habilidades para o setor, explicou Karine.
De acordo com o CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho, Alagoas apresenta um grande potencial para se tornar um hub de distribuição de gás para todo o Nordeste brasileiro. “Alagoas é o maior parque da Origem Energia e o ponto de partida para a criação desse hub, que tem como objetivo transformar a Origem no maior armazenador de gás natural do país. Atualmente, produzimos 1 milhão de metros cúbicos de gás por dia e pretendemos dobrar esse volume nos próximos anos, aumentando também nosso contingente de funcionários para acompanhar a produção. Portanto, participar da Onshore Week em Maceió e mostrar o que já fizemos neste curto período de tempo – um ano de Polo Alagoas e seis anos de empresa – e o que está por vir é motivo de orgulho para a Origem Energia”, afirmou Coutinho.
O evento promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) para discutir a integração energética, lei do gás, inovação, estocagem subterrânea e investimentos em infraestrutura no setor. O Fórum foi realizado no Jatiúca Hotel & Resort e conta com o patrocínio master da Origem e o patrocínio da Algás. Também participaram da abertura as secretárias Renata dos Santos (Fazenda); Luiza Barreiros (Gabinete Civil); Caroline Balbino (Desenvolvimento Econômico) e Vitor Pereira (Governo); a deputada estadual Fátima Canuto; o deputado Silvio Camelo; o prefeito do Pilar, Renato Filho; o diretor-presidente da Algás, Edberto Omena; o presidente da Federação das Indústrias (Fiea), José Carlos Lyra; e o CEO da Siemens Energy, André Clark; além de Marcelo Magalhães, CEO da Petrorecôncavo.