Deputados de sete partidos e de uma federação anunciaram nesta quarta-feira, 12, a formação do “superbloco” na Câmara dos Deputados, com 175 parlamentares. Em conversa com jornalistas, o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) afirmou que o objetivo do grupo é construir uma “frente ampla” que traga governabilidade do Palácio do Planalto a partir de legendas divergentes, mas que “encontram convergência com a pauta democrática”.
“Ainda que nosso história passe por divergências ideológicas, estamos nos reunindo para selar um pacto pelo desenvolvimento pleno do Brasil nos âmbitos econômico e social, defendendo as pautas de mais interesse dos brasileiros. (…) Isso supera interesses políticos”, afirmou. “É o compromisso com o povo brasileiro para além das disputar eleitorais”, completou Figueiredo.
Escolhido para liderar inicial o grupo parlamentar – que terá um “rodízio de líderes – o deputado federal Felipe Carreras (PSB) disse que o bloco “vai ajudar o presidente Lula a pavimentar a governabilidade e ter uma base sólida da Câmara” e fez acenos ao presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL).
“Parabenizar pela isenção e pode deixar cada partido, de forma democrática, procurasse formar esse bloco. Arthur Lira não participou, em nenhum momento interferiu na formação desse bloco, e foi uma construção democrática”, ponderou.
Como a Jovem Pan antecipou, a construção do novo bloco partidário, formado pelo PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e a federação Cidadania-PSDB, e considerado o maior da Câmara, é uma reação dos aliados de Arthur Lira à criação do “blocão” encabeçado pelo Republicanos, PSD, MDB, Podemos e PSC, que soma 142 parlamentares, é liderado pelo deputado federal Fábio Macedo (Podemos-MA), e era o maior grupo da Casa até a reação do cacique do Centrão.