Um dos cantores mais conhecidos do funk de São Paulo, Kauan cumpre pena por tráfico de drogas. Ele abraçou mãe e namorada quando saiu do presídio e postou vídeo; veja.
MC Kauan saiu nesta segunda-feira (17) para a prisão domiciliar, nove meses após ser preso por tráfico de drogas em SP. Um vídeo em seu perfil no Instagram mostrou o momento da saída, em que ele abraça a mãe e a namorada.
O cantor de 32 anos, também chamado de “Koringa”, é um dos mais conhecidos do funk de SP. Ele tem hits com dezenas de milhões de audições no YouTube, como “Tudo nosso” e “O terror tem nome”.
O alvará de prisão domiciliar foi expedido na noite de sexta-feira (14), mas ele só foi para casa na segunda-feira (17).
Ele começou a cumprir a pena em agosto de 2022 no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin, em Mongaguá, no litoral de São Paulo.
Kauan, entretanto, deve ter dificuldade de retomar a carreira. Entre as medidas da prisão domiciliar, ele deverá ficar em casa entre 22h e 6h.
Ele também não poderá sair da comarca onde reside sem autorização judicial, nem “frequentar bares, boates, casas de jogos, parques de diversão e locais de reputação duvidosa”.
A progressão para o regime aberto foi autorizada pela juíza Elaine Cristina Storino Leoni, da comarca de Bauru do TJ-SP.
O comunicado no perfil do cantor, assinado por sua mãe e empresária, Nalva Mariz, diz que sua equipe “continuará de forma implacável em busca de sua inocência”.
Artista influente
Kauan cresceu na Baixada Santista e faz sucesso desde 2006. Ele ficou conhecido pelo visual que imita o Coringa, de “Batman”.
Seus shows teatrais, com estética de filme de terror, foram muito influentes para outros artistas do estilo na década passada.
Colegas como MC Kekel, Salvador da Rima, Dani Russo e MC Bin Laden comemoraram a concessão da prisão domiciliar de Kauan em seu perfil no Instagram.
Mc Kauan o ‘Koringa’ do funk foi preso em São Vicente, litoral de São Paulo — Foto: Foto: Reprodução/Redes Sociais
Como foi a prisão
Kauan foi flagrado pela PM em janeiro de 2014, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo os agentes, ele estava com 19 pinos de cocaína e 22 frascos plásticos contendo cloreto de metileno (lança-perfume).
Em outubro de 2019 ele foi condenado por tráfico de drogas. A defesa entrou com recursos, e o artista respondeu ao processo em liberdade.
Em 24 de agosto de 2022 ele foi detido para cumprir a pena de quatro anos e dois meses de prisão, incialmente em regime fechado.
Após uma semana, no dia 30 de agosto, ele conseguiu a progressão para o regime semiaberto. Nove meses depois, ele vai para a prisão domiciliar.