Cinco pessoas – acusada de fazer parte de um esquema ilegal de venda de componentes eletrônicos em quatro estados nordestinos – foram presas no Recife (PE). Os detalhes da operação que culminou na prisão dos envolvidos foram repassados durante entrevista coletiva concedida pela Polícia Civil de Pernambuco nesta quarta-feira, 19.
Segundo a PC/PE, os elementos fazem parte de uma organização criminosa responsável por roubar equipamentos de transmissão de sinal de telefonia e internet nos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O prejuízo as operadoras chega a quantia de R$ 15 milhões.
Entre os presos estão um gerente e dois funcionários de um depósito clandestino montado no Centro do Recife e que servia como ponto de armazenamento e venda de equipamentos roubados. Além destes, dois realizavam o transporte de cargas ilegais que eram furtadas em Alagoas e distribuídas aos demais estados nordestinos. Os produtos roubados eram vendidos a pessoas em São Paulo.
“Esse crime prejudicou milhares de pessoas, que ficaram sem telefone internet. Foi a maior ação nacional desse tipo de equipamento”, afirmou o delegado João Paulo Andrade, responsável pelas investigações
A primeira parte da ação policial teve início no último sábado, 15, quando os policiais receberam a informação de que existia o roubo e desvio das placas usadas nas transmissões de telefonia e internet. O veículo com a carga foi localizado na Iputinga, na Zona Oeste do Recife. Duas pessoas estavam fazendo o transporte da carga e foram presas.
“No veículo, havia 500 placas. Descobrimos que esse material era levado para um depósito e reciclado. Os componentes eram vendidos para pessoas em São Paulo”, disse o delegado.
As investigações continuaram e na terça-feira, 18, a equipe policial localizou um depósito clandestino no Centro do Recife. Na oportunidade, 22 sacos com componentes eletrônicos foram descobertos. No total, 16 toneladas de placas foram apreendidas.
Ainda conforme dados da PC/PE, no depósito, as placas eram desmontadas, pesadas e postas para venda de forma clandestina. Todo o processo era realizado sem apresentação de notas fiscais.
Os compradores, segundo a polícia, eram empresários, que determinavam a entrega da carga a pessoas previamente indicadas.
Os presos foram autuados em flagrante por comprar ou transportar produto de crime e permitir o repasse ou venda dos equipamentos. A pena prevista é de um a quatro anos de prisão e multa.
Os dois homens presos no sábado tiveram as prisões preventivas confirmadas pela Justiça. Os detidos na ação de terça serão levados para a audiência de custódia, segundo o delegado.