Um professor da rede estadual de ensino foi denunciado por onze crimes de assédio sexual, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR). A identidade do docente não foi divulgada.
O professor, conforme a denúncia divulgada na quarta-feira (19), atuava em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. São, pelo menos, oito vítima adolescentes assediadas entre 2021 e 2023.
Ainda segundo a promotora, para desencorajar as vítimas a denunciarem, o professor usava do fato de ter ocupado cargo na Secretaria Municipal de Educação e alegava que as acusações não teriam resultado.
Além da condenação, o MP-PR divulgou ter requerido liminarmente que o denunciado seja proibido de entrar na escola em que leciona, bem como de manter contato com as vítimas e testemunhas por qualquer meio de comunicação.
Solicitou também que ele seja afastado do cargo. Até esta quinta-feira (20) não havia decisão da Justiça quanto aos pedidos.
Palestra estimulou denúncias
As vítimas assistiram à palestra da Promotoria de Justiça na escola sobre violência doméstica, assédio sexual e outros crimes. E, de acordo com a promotoria, a partir deste evento as vítimas denunciaram porque entenderam que neste tipo de crime a palavra da vítima tem maior relevância como prova.
O g1 Paraná entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação sobre a denúncia e não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Como denunciar?
O Paraná possui uma série de canais de denúncia para registro da violência contra mulher. Eles atendem os mais variados tipos de crimes e também oferecem acompanhamento especializado para cada situação. Confira, abaixo, algumas opções.
Central de Atendimento à Mulher – 180
A Central de Atendimento à Mulher recebe denúncias de violência, orienta mulheres sobre seus direitos e faz o encaminhamento para outros serviços quando necessário. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
É possível ter acesso ao atendimento por meio de uma ligação gratuita para o número 180, por meio de um e-mail para ligue180@mdh.gov.br, pelo aplicativo Proteja Brasil ou no site da ouvidoria.
Patrulha Maria da Penha – 153
A Patrulha Maria da Penha protege, monitora e acompanha mulheres que receberam da Justiça as medidas protetivas de urgência. Vítima ou testemunhas de qualquer descumprimento das medidas protetivas podem acionar o serviço.
A Patrulha Maria da Penha está disponível nas seguintes cidades e por meio dos seguintes telefones:
- Arapongas – 153
- Araucária – 153
- Cascavel – 153
- Curitiba – 153
- Foz do Iguaçu – 153
- Londrina – 153
- Maringá – 153
- Ponta Grossa – 153
- Sarandi – 153
- São José dos Pinhais – 153
- Toledo – 190
Centro de Referência de Atendimento da Mulher – CRAM
O Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) é um espaço que presta acolhimento e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência. São oferecidos atendimento psicológico, atendimento social, orientação e encaminhamento jurídico necessários à superação da situação de violência.
Para buscar apoio basta entrar em contato por telefone ou ir presencialmente em uma das unidades.