Futebol

Torcedores do Corinthians protestam contra Cuca em frente ao Parque São Jorge

ESPN

ESPN

Convivendo com protestos desde que teve seu nome anunciado como técnico do Corinthians, Cuca viu mais um nesta segunda-feira, no Parque São Jorge, sede do clube.

Dezenas de torcedores protestaram com faixas pedindo a saída de Cuca. Uma delas trazia a notável frase de Miguel Battaglia, primeiro presidente do clube. “O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time”.

Desde o anúncio de sua chegada, Cuca viu a torcida do Corinthians protestar contra ele. O técnico foi condenado por estupro de uma menor de idade na Suíça, ocorrido em 1987.

A maioria das jogadoras e comissão técnica do time feminino do Timão usou as redes sociais no último domingo para mandar uma mensagem sobre o ocorrido. ‘”Respeita as Mina’ não é uma frase qualquer”, dizia a postagem.

Turbilhão contra Cuca vai além dos protestos

Após amargar uma estreia com derrota no comando da equipe, a nova missão nos próximos dez dias passará por reverter uma desvantagem importante na Copa do Brasil, encarar o rival Palmeiras no Allianz Parque e manter o time ainda vivo na fase de grupos da CONMEBOL Libertadores.

Além da missão de conseguir um placar de três gols de diferença para não depender da loteria dos pênaltis diante do Remo na primeira decisão, Cuca ainda se ‘provará’ em três urgências que têm tirado o sono dos torcedores nesta temporada.

O drama da defesa

Marca registrada do Corinthians na última década, a defesa tem sido motivo de preocupação em 2023. Vazado em oito das últimas dez partidas e cedendo constantemente gols em lances de jogada área, o setor passou a ser o símbolo da temporada inconstante do time.

Com a oscilação de veteranos como Gil, Balbuena, Fagner e Fábio Santos e a indefinição sobre o futuro do uruguaio Bruno Méndez, além da dificuldade em conseguir dar rodagem a jovens como Caetano e Murillo, ampliaram a crise em um setor que foi pilar alvinegro.

“Renatodependência”

Encontrar uma solução para a ausência de Renato Augusto será outra missão de Cuca durante os dez dias decisivos para o Corinthians. A prova de que o camisa 8 muda o time de patamar é que time está invicto na temporada em jogos com o meio-campista.

O ponto negativo, no entanto, é que o jogador esteve em apenas 11 das 18 partidas da equipe em 2023. Coincidência ou não, as cinco derrotas tinham como padrão a ausência de Renato.

Não encontrar soluções para o problema contribuiu (muito) para a queda de Fernando Lázaro. E agora será um problema para Cuca resolver dentro do elenco.

Seca de Yuri Alberto

Contratado para resolver o problema crônico do Corinthians com gols, Yuri Alberto enfrenta mais um momento de seca, o segundo apenas nesta temporada. Sem marcar há seis partidas, o camisa 9 igualou a pior série em 2023, quando passou o mesmo período sem ir às redes no Campeonato Paulista.

A diferença, no entanto, está nas duas assistências distribuídas anteriormente e que sequer se repetem agora.

Com quatro gols em 16 jogos, Yuri Alberto tem a pior média de gols (0,27) desde 2019 (0,12), no Santos quando ainda tentava se firmar na equipe após chegar aos profissionais.

Não bastasse a missão decisiva na Copa do Brasil, Cuca ainda terá pela frente um reencontro com o Palmeiras no primeiro clássico à frente da equipe. No sábado (29), no Allianz Parque, os rivais se enfrentam pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Ainda que a saída do treinador não seja minimamente considerada em qualquer cenário após a Copa do Brasil, derrotas em clássicos motivos de demissões no Parque São Jorge nos últimos anos.

Além de Sylvinho, que caiu após revés em casa para o Santos, Vagner Mancini, Tiago Nunes e Cristóvão Borges foram demitidos justamente após serem superados pelo Palmeiras.

A maratona de Cuca nos próximos dez dias ainda passará pela partida contra o Independiente del Valle (EQU), que ganhou ares de decisão após a derrota do Corinthians para o Argentinos Juniors em casa. Um novo revés na Neo Química Arena tirará o time da zona de classificação às oitavas de final, elevando ainda mais a tensão para o returno do grupo E.