Um adolescente de 12 anos morreu após cair do telhado de uma casa enquanto buscava uma bola de futebol, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1 nesta terça-feira (25), Carlos Alexandre Castro sofreu um traumatismo craniano e teve a morte encefálica [parada de todas as funções do cérebro] confirmada no Hospital Santo Amaro após nove dias de internação.
O acidente aconteceu no último dia 11 de abril, na comunidade Pedreira Matarazzo, no bairro Enseada. Carlos jogava futebol com amigos em um parque quando a bola foi chutada para cima do telhado da Associação de Moradores do local. Ele e um colega subiram na construção, mas a estrutura quebrou. A vítima morreu na última quinta-feira (20). O outro menino passa bem.
Ao g1, o padrasto da vítima, Douglas Demétrius dos Santos, contou que além do traumatismo craniano, o adolescente sofreu fraturas nos dois pulsos. Após a confirmação da morte encefálica, a família decidiu pela doação dos órgãos de Carlos, que foi sepultado no Cemitério Vila Júlia . O amigo que também caiu do telhado, inclusive, compareceu à despedida, no último dia 22.
“É triste. Estávamos com esperanças dele sair bem. Ele estava totalmente consciente de tudo que estava se passando. Perguntou ainda do amigo dele [que caiu do telhado] e disse que, quando saísse, queria jogar bola”, lembrou o padrasto.
O g1 apurou que o caso foi registrado como ‘morte acidental’ na Delegacia de Polícia Sede de Guarujá (SP). O Hospital Santo Amaro, por meio de nota, confirmou a morte do adolescente e a autorização da família para a doação dos órgãos.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Guarujá e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), em busca de mais informações sobre o ocorrido, mas não obteve uma resposta até a última atualização desta matéria.
Carlos Alexandre Castro
O padrasto definiu o enteado como um menino saudável e brincalhão. Segundo ele, Carlos gostava de aproveitar o tempo livre brincando com amigos.
“Era aquele tipo de criança que ‘não para’. Gostava de brincar de pega-pega e esconde-esconde, além de jogar futebol. Curtia a infância, como toda criança”, lembrou.