Polícia

PC investiga quadrilha que falsificava sites de órgãos públicos

O grupo criminoso é do Ceará, mas aplicava golpes em Alagoas e outros estados

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a aplicação de golpes em Alagoas de uma quadrilha do Ceará que falsificava sites de órgãos públicos. Os criminosos criavam os sites e atraiam as vítimas através do impulsionamento em plataformas de busca, como o Google.

A PC começou a investigação após ser notificada pela Sefaz e depois de a Polícia Civil do Ceará realizar operação contra a quadrilha. “A Sefaz notificou a Polícia há aproximadamente 20 dias sobre fraudes para pagamento do IPVA, que é um tributo que pode ser pago tanto no site do Detran quanto no site da Sefaz, e desde então iniciamos a investigação.”

De acordo com o delegado responsável pelo caso em Alagoas, Sidney Tenório, geralmente os criminosos usam uma URL muito parecida com a do site original, às vezes duplicando uma letra ou utilizando outras letras no final. Quando as pessoas clicam, eles pedem as informações do veículo e colocam um valor aproximado que a pessoa pagaria em seu IPVA. Após pagarem o falso boleto, o dinheiro ia para a conta dos criminosos.

A Polícia alerta ainda que não há o envio de links por meio de aplicativos de mensagens ou e-mail. “Essa busca tem que ser ativa. O contribuinte tem que ir até o site do órgão e gerar a guia e neste momento é importante verificar se tem o cadeado do lado, se a URL está certinha e evitar fazer a busca no google, porque pode aparecer no topo por meio de impulsionamento”, reforça o delegado.

Operação no Ceará – A Polícia Civil do Ceará realizou, nesta quarta-feira (03), uma operação e prendeu dois integrantes da quadrilha em um condomínio de luxo na Praia do Futuro, em Fortaleza.

Segundo o delegado responsável pelo caso no Ceará, Alan Filipe, os criminosos mantinham uma base itinerante para a prática de estelionato através da publicação desses sites falsos. “No momento da prisão foram identificados 27 sites falsos no ar, dente eles 18 referentes a órgãos do governo. Um dos sites encontrados era do Detran de Alagoas”, afirmou.

“Eles colocavam esses sites no topo da pesquisa de buscadores, as vítimas ao acessarem esses sites geravam o código para pagamento de tributos, especialmente IPVA, e esse montante ia para a conta dos criminosos ao invés de ir para os entes governamentais”, detalhou Filipe.

Além das prisões, também foram apreendidos carros, equipamentos eletrônicos, joias e foi realizado o bloqueio das contas dos acusados, que tinha uma quantia de cerca de R$ 2,5 milhões

As pessoas que foram vítimas em Alagoas ainda não foram identificadas e devem se apresentar na Polícia Civil para buscar o ressarcimento desses valores.