Justiça

Assassino confesso de menino Kauã será levado a júri popular

Garoto de 2 anos foi achado morto em abril de 2022, após ter sido dado com desaparecido. Julgamento será realizado no próximo mês de Julho

Divulgação

Márcio Kauã Ferreira Acioli

Foi marcado para o dia 25 de Julho de 2023, o júri popular do réu Fernando Henrique de Andrade Olegário, acusado pela morte do menino Márcio Kauã Ferreira Acioli, de 2 anos. A informação foi confirmada pela assessoria do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e acontecerá na 9ª Vara Criminal da Capital, a partir das 8h, sob comando do juiz Geraldo Amorim.

O desaparecimento do menino Márcio Kauã ganhou repercussão no dia 18 de abril de 2022 após os pais do garoto procurarem a imprensa para denunciar o caso. Ele estaria com uma adolescente de 15 anos, que cuidava do menino, e seu companheiro, de 25 anos, quando sumiu.

Inicialmente a versão apresentada era a de que o menino teria sumido em um momento de distração do casal em um trecho da Avenida Pratagy, enquanto a menor olhava uma loja logo após descerem de um ônibus.

As buscas pelo garoto seguiram por vários dias e novas versões sobre o desaparecimento foram sendo apresentadas à Polícia Civil de Alagoas. No entanto, devido as inconsistências nos depoimentos, os investigadores chegaram ao acusado, que confessou o crime posteriormente e apontou o local exato que havia deixado o corpo.

O menino foi achado enterrado em uma região de mata nas imediações do Conjunto Caetés, no Complexo Benedito Bentes, parte alta de Maceió.

O homem de 25 anos chegou a dizer que o menino teria morrido após cair de uma motocicleta e que por medo, ele teria inventado a história do desaparecimento e levado o corpo da criança até uma mata fechada. Depois, mudou novamente a versão e confessou aos policiais que havia batido na criança antes dele morrer.

“Foi uma fatalidade. No dia 18 de abril, eu tinha dado uns tapas nele porque tava bagunçando a casa. Ele escorregou e bateu a cabeça na quina de uma parede. Eu tentei reanimá-lo, fazendo  massagem e respiração boca a boca. Fiquei com medo, nervoso e não tive outra escolha. Não queria isso, só Deus sabe o quanto estou arrependido”, contou à época.

Ele também isentou a companheira de toda a culpa. “Foi tudo eu. Eu que trouxe o corpo e deixei no cantinho. Ela queria contar, mas eu disse para não falar nada”.

Já a Polícia Científica, após realizar exames cadavéricos no corpo da criança, entendeu que o garoto vinha sendo vítima de maus-tratos, já que ele apresentava marcas de lesões antigas. O laudo apontou morte por traumatismo crânio encefálico, mas não soube precisar a data exata da morte.

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