Prática de adquirir astros não tem qualquer respaldo científico ou astronômico, mas estrelas são 'vendidas' por valor que pode ir além de R$ 500 por empresas que oferecem dar nome escolhido por cliente, indica a posição do 'produto' no céu e ensina a localizá-lo.
A influencer Viih Tube postou em suas redes sociais um presente inusitado que a filha Lua recebeu: uma estrela (veja no vídeo acima). E a verdade é que comprar ou ganhar uma estrela do céu é algo que está, aparentemente, ao acesso de todos que estiverem dispostos – e tiverem dinheiro – a desembolsar um valor que pode ultrapassar R$ 500, a depender do pacote escolhido. Porém, a compra não tem nenhum valor científico ou astronômico.
De acordo com a União Astronômica Internacional (sigla IAU, em inglês), existem empresas que oferecem a venda e o batizado de nomes de estrelas mediante o pagamento de uma taxa. A organização científica explica, no entanto, que “tais nomes não têm qualquer validade formal ou oficial” e que “ninguém pode possuir uma estrela de fato”.
A IAU é a única instituição que nomeia oficialmente estrelas. Foi fundada em 1919 com a “missão de promover e proteger a astronomia em todos os seus aspectos (incluindo pesquisa, comunicação, educação e desenvolvimento) por meio da cooperação internacional”.
‘Comercialização’ de astros
Em seu site, a organização reforça que não tem quaisquer relações com a prática comercial de “vender” estrelas, planetas ou astros do Sistema Solar, e afirma:
“Como muitas das melhores coisas da vida, a beleza do céu noturno não está à venda – é gratuita para todos desfrutarem. Além disso, o céu noturno pertence a todos”.
Mesmo assim, pessoas ao redor do mundo continuam interessadas em adquirir um “certificado internacional” com o suposto registro da estrela. Além disso, existem diferentes pacotes que oferecem carta estelar, livros, entre outros.
A comercialização de estrelas oferece a nomeação de astros, indica ao cliente a posição do “produto adquirido” e ensina como conseguir localizá-lo no céu.