Os pais do menino foram submetidos à audiência de custódia nesta quarta-feira (24)
A Justiça alagoana manteve a prisão dos pais autuados em flagrante ontem (23), no Vergel do Lago, por agredirem com pedaços de fio e murros no rosto o filho de quatro anos. A audiência de custódia foi realizada nesta quarta-feira (24), no Fórum de Maceió.
Diante da gravidade das agressões, o caso agora é tratado como tortura e não como maus-tratos, como divulgado inicialmente.
Além dos hematomas provocados do dia da prisão do casal, o menino apresentava diversas marcas e cicatrizes pelo corpo, fruto de agressões anteriores. Segundo a conselheira tutelar que acompanha o caso, Valmênia Santos da Silva, a criança foi encaminhada a um abrigo institucional, onde será acompanhada por uma equipe de profissionais
Após a prisão dos suspeitos, a conselheira descreveu o estado da criança como chocante. “Quando chegamos ao local, a criança estava coberta com um lençol e só com o pezinho de fora. Nós chegamos a achar que o menino já estava em óbito, quando vimos de fato a criança foi muito chocante. Essa criança levou murro no olho e na testa, tem marcas de fio nas costas, o rosto está desfigurado, além de marcas e cicatrizes da cabeça aos pés de pancadas antigas e da madrugada de hoje”, detalhou Valmênia Santos da Silva, conselheira tutelar da região.
O Conselho Tutelar foi acionado por populares, que relataram que as agressões contra a criança começaram por volta das 4h da manhã e se estenderam até a manhã de terça-feira. Os vizinhos informaram ainda que esta não é a primeira vez que a criança leva surras, desta vez, porém, foi muito chocante e eles decidiram denunciar.
À Polícia, o menino disse que que o pai bateu nele porque ele não obedeceu e contou ainda que já sofreu agressões por parte da mãe. Segundo o Conselho Tutelar, o pai da criança responde por homicídio e já tem histórico de maus-tratos contra o menino.