Golpistas ofereciam um veículo ou imóvel com preços abaixo do valor do mercado e não cumpriram o acordo.
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira, 24, uma quadrilha que movimentou cerca de R$ 40 milhões entre 2020 a 2022 em Belém, no Pará. O grupo agia em vários Estados do Brasil. Segundo as investigações, os golpistas utilizavam uma administradora de consórcio falso, isto é, sem autorização do Banco Central, e sem seguir nenhuma das exigências previstas na Lei do Consórcio. Os golpistas oferecem um veículo ou imóvel a preços abaixo do valor do mercado. A corporação não informou quantas pessoas suspeitas de fazerem parte do esquema foram presas. Os estelionatários cobravam um valor de entrada para as vítimas com o objetivo de entregar o bem após três ou quatro dias.
Após assinar as vítimas assinarem os contratos, os criminosos apresentavam várias desculpas para não cumpri o combinado. O delegado David Bahury disse que os golpistas utilizavam vários nomes para fugir das autoridades. “A associação criminosa se chamava ‘Master de Consórcio’ e, na capital paraense, a empresa utilizada no cometimento dos delitos já se chamou ‘Império Consórcio’, ‘Lima Consórcios’, ‘Pará Consórcios’, ‘Nortecon’, ‘Grupo Prime’ e ‘Belém Empresarial’. Pelo que se investigou, a mudança constante dos nomes fantasia ocorreu no intuito de fugir das vítimas e das autoridades enquanto continuavam a aplicar os golpes”, explicou o delegado. “O suposto consórcio que as vítimas contratavam com os suspeitos era falso, ou seja, uma mera encenação para obter o ganho financeiro, já que sequer existe oficialmente, de forma que ainda que a vítima pagasse 100% do valor proposto pelo bem, nunca o receberia”, complementou. A corporação apreendeu dois veículos, sendo um Range Rover Evoque, além de documentos, celulares, notebooks, dentre outros. A polícia segue investigando o caso a fim de identificar outros grupos criminosos que praticam o mesmo golpe.