Contratado pelo Real Madrid em negócio que pode superar 70 milhões de euros (R$ 375 milhões na cotação atual), Endrick não jogou mais de 30 minutos em nenhuma das últimas dez partidas do Palmeiras. A situação está sendo acompanhada de perto pelo clube espanhol, mas isso não significa uma preocupação com o futuro da joia de apenas 16 anos.
Segundo apurou a ESPN, desde que definiu Endrick como um alvo para o futuro, o Real segue seu desenvolvimento e mantém contatos constantes com sua família. Não há, porém, qualquer interferência ou discussão sobre o desempenho dele em campo.
O acompanhamento é semelhante ao que foi feito com Vinicius Jr. no Flamengo e Rodrygo no Santos, outros jovens contratados cedo pelo Real já pensando no futuro.
“O Real mantém contato com o Endrick e a família dele. Faz um acompanhamento igual ao que fez com o Vinicius Jr. e o Rodrygo. Mas o Real não fala sobre desempenho, nem mostrou alguma preocupação com o desempenho dele”, disse o empresário Frederico Pena, que acompanha a carreira do jovem. “O Real não discute como o Endrick joga. Isso é com o Palmeiras”.
A última vez que Endrick foi titular no Palmeiras foi no dia 15 de abril, em vitória por 2 a 1 sobre o Cuiabá, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro – partida na qual ele marcou um gol. Desde então, ele foi relacionado para 11 jogos alviverdes, saindo do banco em seis e nem entrando em cinco.
Nesse período, a partida em que Endrick teve mais minutos em campo foi na partida contra o Cerro Porteño, no Morumbi, na CONMEBOL Libertadores: 35. Nos compromissos mais recentes do Palmeiras, Abel Ferreira o utilizou por 28 minutos no clássico contra o Santos e não o colocou em campo contra Fortaleza na Copa do Brasil e nem contra o próprio Cerro no Paraguai na quarta-feira (24).
Os contatos mais constantes do Real com Endrick e sua família são feitos por Paulo Xavier, profissional do gigante de LaLiga que fica todo tempo no Brasil. Já o diretor Juni Calafat, responsável pela maioria das contratações de brasileiros no clube, viaja periodicamente para reforçar essas conversas.
“Nada a ver com desempenho”, ressalta Pena. “Essa preocupação com a performance dele não tem por que existir. Que eu me lembre, nenhum jogador depois de Pelé fez o que o Endrick está fazendo. Na idade dele, o número de minutos em campo e os gols, nenhum jogador fez”, seguiu o empresário, citando outras jovens promessas brasileiras ou antigos craques do futebol.
“Nem os atuais, que são comparados a ele como Vitor Roque (do Athletico-PR) ou Marcos Leonardo (do Santos). Nem o Ronaldo (Fenômeno) fez na idade do Endrick. A preocupação com o desempenho do Endrick é ‘extraterrestre’. Não existe”, complementou.
Na visão do estafe de Endrick, o período de transição também está dentro do esperado, com o atacante aprendendo novos conceitos em relação à bagagem que trouxe das categorias de base. “O Endrick está aprendendo um novo mundo, o mundo tático. Ele está se adaptando”.
Em 2023, Endrick tem 22 jogos pelo Palmeiras, sendo 12 como titular e dez saindo do banco. São 1113 minutos em campo no total, com quatro gols marcados – o último em 7 de maio, contra o Goiás.