Polícia

Menina de 11 anos diz à Polícia que não tinha intenção de matar padrasto

Segundo Coselho Tutelar, menor contou sua versão sobre o que aconteceu ao delegado

A menina de 11 anos, suspeita de matar o padrasto com uma facada em União dos Palmares, na Zona da Mata alagoana, foi ouvida pelo delegado Guilherme Iusten, responsável pela investigação do fato, e teria dito que não teve a intenção de matar.

Segundo o Conselho Tutelar da região, que acompanha o caso, a menina confirmou em seu depoimento a versão de que o padrasto, identificado como Rafael Alves da Silva, havia passado o dia bebendo e teria falado coisas negativas sobre seu pai, que já é falecido.

Isto teria ocasionado uma briga física, que fez a menina cair e bater a boca numa cadeira. Neste momento ela teria ficado brava e ido até a cozinha da casa e pego a faca com a qual desferiu o único golpe que acabou sendo mortal.

A vítima chegou a ser socorrida com vida ao Hospital Regional da Mata (HRM), mas não resistiu aos ferimentos e morreu um dia depois.

A menina teria dito ainda que está arrependida e que não imaginava que ele iria morrer. Ela confirmou também que até aquele dia nunca havia sido agredida pelo padrasto.

Outras testemunhas do caso ocorrido durante o final de semana também começaram a ser ouvidas nesta terça-feira, 30.

Após ser ouvido foi confeccionado um TCO e a menina liberada sob cuidados da mãe após assinatura de um termo de responsabilidade. A Vara da Infância vai determinar quais medidas protetivas serão aplicadas à ela.

Ministério Público

O Ministério Público também vai acompanhar o caso e determinou que uma investigação seja feita. O responsável será o promotor Lucas Sachsida, da promotoria da Justiça da Infância e Juventude.

Confira nota do MPE/AL na íntegra:

O Ministério Público de Alagoas, através do promotor de Justiça da Infância e Juventude, Lucas Sachsida, lembrando que o cometimento de fatos tidos como crimes por criança (até 12 anos incompletos) não caracterizam atos infracionais (ECA, art. 103), determinou a análise da situação sob a ótica protetiva. Além disso, determinou o início de uma investigação policial para análise de possível participação ou utilização da criança por algum adulto.