Polícia

Acusados de executar mulher com seis tiros no Benedito Bentes são condenados

Um dos acusados foi condenado a 21 anos e 15 dias e ou outro a 17 anos e 11 meses. Crime aconteceu no dia 02 de Março de 2021, no Conjunto Parque dos Caetés.

Dois homens acusados de executar com seis tiros Valquíria Anacleto da Silva, de 46 anos, no dia 02 de Março de 2021, no Conjunto Parque dos Caetés, no Benedito Bentes, parte alta de Maceió, foram condenados por homicídio qualificado e furto pela Justiça alagoana, nessa quarta-feira (31).

Joedson Santos de Souza, conhecido como “galeguinho” foi condenado a 21 anos e 15 dias e Jonathan Braúna Diniz, como “tetéu” a 17 anos e 11 meses, em presídio de segurança máxima e regime fechado.

A dupla retirou a vítima de seu apartamento à força, arrastada pelos cabelos e a mataram friamente em plena luz do dia na escada do prédio onde ela morava. Vizinhos ouviram gritos de socorro e ordem para  fechar as portas.

No momento do crime, a mulher estava com o filho de nove anos no apartamento e a criança presenciou toda a ação criminosa. Após o crime, o filho precisou de acompanhamento psicológico e fazer uso de remédio controlado. O abalo afetou também a filha mais velha da vítima.

A motivação do crime foi o fato de a vítima ter reclamado do uso e comercialização de drogas ilícita na calçada do prédio onde morava.

Joedson Santos de Souza com os demais autores arrombou o apartamento, arrastou a vítima e ajudou na execução. Já Jonathan Braúna Diniz foi o responsável pela vigilância e cobertura a Joedson e outros comparsas para garantir o êxito da ação criminosa. Eles foram presos logo após o crime, estando com os dois celulares da vítima.

Dujante o julgamento, o Ministério Público sustentou que o crime foi premeditado, com os condenados agindo ousadamente com outros comparsas, aproveitando-se da fragilidade da vítima, sem permitir-lhe qualquer possibilidade de defesa. A promotora de Justiça Adilza Freitas reafirma o compromisso em defesa da vítima e da vida.

“A atuação do Ministério Público em plenário é o momento em que a vítima fala pela última vez através do promotor de Justiça. É o momento em que buscamos levar uma resposta para a família em formato de justiça que somente ocorre com a condenação dos responsáveis pelo homicídio. E assim, amenizar a dor da saudade colocando fim no luto”, afirma a promotora.