Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros foram acionados pela família de Maria José Feijó e estiveram no local indicado, no bairro do Feitosa, em Maceió
O Corpo de Bombeiros localizou na tarde desta sexta-feira, 02, restos mortais humanos em um poço de aproximadamente 15 metros de profundidade em uma área de difícil acesso próxima a Avenida Governador Lamenha Filho, no bairro do Feitosa, em Maceió. A suspeita é de que trata-se da técnica de enfermagem, Maria José Feijó, desaparecida desde o mês de março.
Segundo informações do delegado Robervaldo Davino, que estava de plantão no dia de hoje da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a família da profissional recebeu há alguns dias informações de que o corpo dela estava naquela localidade, em um poço desativado por trás da região de mata.
Realizando buscas por conta própria, ao chegarem ao local onde o corpo foi encontrado os familiares sentiram um forte odor e acionaram a Polícia Militar e a Polícia Civil. Posteriormente, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM/AL) também precisou ser chamado.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, duas equipes, com cerca de oito bombeiros, atuaram na ação de retirada. Um dos militares precisou ser içado para chegar ao fundo do poço e teve que usar cilindros de oxigenação devido a profundidade.
Apesar do estado irreconhecível, um irmão da técnica de enfermagem confirmou se tratar dela, baseado nas informações recebidas e nas roupas que ela usava quando desapareceu.
Ainda não há indícios do que possa ter acontecido, nem há quanto tempo o corpo estava no local. Em contato com o Alagoas24Horas, familiares contaram ainda que acreditam que o caso trate-se de homicídio.
A Polícia Científica também esteve no local e realizou os procedimentos necessários para recolhida do material humano, que precisará passar por exames de DNA para seu reconhecimento oficial e possíveis indícios sobre a causa da morte.
Pelo menos outras duas incursões haviam sido feitas desde a última semana pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Civil na região do Feitosa. Nas ocasiões nada havia sido encontrado.
Lembre o caso
Maria José desapareceu por volta das 15h30 do dia 06 de março após pegar um mototáxi em frente a sua residência, no Conjunto José da Silva Peixoto, no Jacintinho.
Na época do desaparecimento, a cunhada de Maria Feijó contou à reportagem que, durante a pandemia, ela passou a apresentar um quadro de depressão e ficou bastante abalada por conta das mortes de colegas devido à Covid-19, mas vinha fazendo o tratamento e tomando as medicações.
Como a profissional de saúde trabalhava em uma maternidade com plantões de 24 horas, a família só se deu conta de seu desaparecimento um dia depois ao perceberam que ela não tinha voltado do trabalho. Em contato com a unidade de saúde, eles foram infromados que naquele dia Maria estava de folga e seu plantão seria no dia seguinte e que ela também não apareceu.
Com o desaparecimento, a família buscou ajuda de vizinhos que possuem câmeras de segurança e descobriu que ela saiu de casa vestindo uma blusa amarela e um short amarelo após pegar uma corrida com um mototaxista conhecido da região.
O mototaxista disse que a deixou em uma rua próximo ao Feitosa e que ela tinha dito que iria buscar abacates com uma prima no local, mas ela não tinha familiares na região.