Crime que vitimou a professora Joana de Oliveira Mendes aconteceu no ano de 2016, no Conjunto Santo Eduardo
A Justiça concedeu liberdidade a Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, acusado de matar a facadas a ex-esposa, a professora Joana de Oliveira Mendes, dentro de um carro no Conjunto Santo Eduardo, em Maceió, no ano de 2016.
Segundo informações da família da vítima, em entrevista à TV Pajuçara, a prisão do suspeito foi relaxada no último dia 29 de Maio, fato que lhes causa medo e indignação. O apelo agora é pela celeridade no julgamento do réu, que ainda não tem previsão para acontecer.
“Estou temendo também pela sociedade, porque é um indivíduo periculoso, então estamos tentando de todas as maneiras nos proteger. […] É questão comportamental dele, questão de caráter, até o que a gente sabe, ele não deixou de ter o comportamento agressivo e violento, inclusive dentro do sistema prisional, há ocorrências de violência com outros detentos”, disse Júlia Mendes, irmã da vítima.
“Em nenhum momento a família está trabalhando com a possibilidade do assassino ser inocentado. Ele não é inocente. Ele assumidamente cometeu esse e tem que responder […] Estamos adotando providências para assegurar a integridade física da família da Joana, e também para que a sociedade não esqueça o que aconteceu com a Joana”, destacou a advogada Andrea Alfama, que também era amiga de Joana.
Esta não foi a primeira vez que a defesa do acusado tentou que ele respondesse pelo crime em liberdade.
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Segundo informações do Tribunal de Justiça, a soltura do réu ficou condicionada ao seguimento de algumas medidas cautelares, bem como: comparecimento mensal periódico para a justificativa das atividades; proibição de aproximação das testemunhas do processo que não sejam seus parentes, proibição de aproximação dos familiares da vítima; proibição de aproximação das casas dos parentes da vítima, devendo que ficar numa distância mínima de 500 metros; proibição de frequentar bares, boates, casas de show e locais semelhantes; e proibição de se ausentar da Comarca sem a prévia autorização da Justiça.
Sobre o caso
Segundo o inquérito policial, Arnóbio Henrique atraiu Joana para um encontro sob o pretexto de assinar o divórcio e negociar a pensão do filho do casal e a matou com mais de 30 facadas – a maioria no rosto – dentro do veículo da vítima, no Santo Eduardo. Após o crime, o assassino voltou para casa e para justificar o sangue alegou ter sido vítima de um assalto. Na casa do assassino, a polícia apreendeu a arma do crime.
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