Polícia

Erro médico: PC indicia profissionais da saúde responsáveis por amputar perna de idosa

Quatro membros da equipe médica responsável por amputar erroneamente uma das pernas de uma idosa de 73 anos no Hospital Geral do Estado (HGE), em abril deste ano, foram indiciados por lesão grave esta semana pela Polícia Civil de Alagoas.

O delegado Robervaldo Davino, titular do 6º DP, informou que o inquérito policial já foi concluído e remetido ao Ministério Público Estadual na terça-feira, 06.

“Instauramos o inquérito através de portaria e em caráter especial. Das cinco pessoas que faziam parte da equipe médica, quatro estão sendo indiciadas por lesão grave por amputar a perna da senhora sem necessidade. Eles não cumpriram o protocolo de cirurgia previsto pelo Ministério da Saúde. Inclusive, os próprios médicos disseram que não fizeram esta situação. O inquérito está bastante substanciado e possui vários volumes. Entre eles, há o parecer da comissão de ética médica que foi feito no HGE. Possui mais de 80 páginas bem detalhadas. Após a conclusão, o inquerito foi enviado ao MP”, disse o delegado.

Davino afirmou ainda que dois médicos serão indiciados também por supressão de documentos públicos uma vez que tentaram ocutar elementos do prontuário médico da paciente. “Após depoimento de um dos médicos, constatamos que houve a supressão de elementos das folhas de prontuário. Ele a cirurgiã responsável pela amputação serão responsabilizados também por supressão de documentos públicos”, relatou.

No dia 21 de abril, a idosa teve uma das pernas amputadas durante uma cirurgia realizada no HGE. Na ocasião, o diretor médico do HGE, Rodrigo Melo, explicou que a paciente deu entrada na unidade hospitalar com uma fratura do tornozelo e aguardava por uma cirurgia de correção.

No entanto, descobriu-se apenas ao final da cirurgia que a idosa foi submetida a um procedimento médico errôneo. Após ser constatado o erro médico, toda equipe responsável pelo procedimento cirúrgico, entre enfermeiros, anestesista e médicos, foi afastada das funções.

Em seguida, descobriu-se que o erro aconteceu devido a troca de prontuários com uma paciente de mesmo nome.

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