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Daniel Alves tem recurso negado e seguirá preso na Espanha

Instância superior da Justiça catalã decidiu que brasileiro não pode responder em liberdade por suspeita de ter estuprado uma mulher em Barcelona. Na sexta, Alves pediu novamente para deixar prisão, alegando que agora filhos e ex-mulher moram na cidade espanhola.

O jogador brasileiro Daniel Alves, preso na Espanha desde janeiro por suspeita de ter estuprado uma mulher em uma boate Barcelona, teve um novo recurso negado nesta segunda-feira (12) e seguirá em prisão.

A decisão foi feita pela Audiência de Barcelona, a instância mais alta da Justiça da Catalunha, após advogados apresentarem um novo recurso na sexta-feira (9).

Alves é acusado pelo Ministério Público de ter estuprado uma espanhola de 23 anos dentro de um banheiro em uma discoteca da capital catalã. Ele nega.

Desta vez, a defesa do brasileiro alegou que, agora, os filhos e a ex-mulher de Daniel Alves moram oficialmente em Barcelona – uma estratégia dos advogados para tentar garantir que ele não deixará a Espanha enquanto aguarda o processo.

Segundo a imprensa espanhola, a ex-mulher de Alves, Dinorah Santana, e os dois filhos de ambos foram registados na prefeitura de Barcelona – um trâmite legal necessário na Espanha para provar a residência em uma cidade.

Pela nova decisão da Justiça catalã, Alves seguirá então preso no presídio de Brians 2, nos arredores de Barcelona. Atualmente, o caso está em fase de instrução – uma etapa primária na Justiça espanhola na qual um juiz primeiro investiga uma denúncia do Ministério Público para, posteriormente, decidir se o caso irá ou não a julgamento.

Alves, portanto, ainda não é réu, o que é uma das alegações constantes da defesa para que ele aguarde em liberdade.

A juíza responsável pelo caso, no entanto, afirmou em uma sentença anterior à desta segunda que existe alto risco de fuga para o Brasil, por conta de o jogador ter negócios, residência e família no país.

Daniel Alves foi detido em 20 de janeiro, quando foi a uma delegacia de Barcelona para prestar esclarecimentos sobre o caso, que estava então em investigação pela polícia. Policiais afirmaram que ele mentiu em depoimento – inicialmente, Alves negou conhecer a mulher que prestou a queixa.

De lá, ele foi levado à disposição judicial, e a juíza do caso, atendendo a um pedido do Ministério Público, decretou a prisão preventiva do brasileiro.

Desde então, Daniel Alves mudou algumas vezes de versão. Disse, depois, que interagiu brevemente com a mulher. Em uma nova versão, afirmou que a encontrou no banheiro mas que não houve qualquer relação, para depois afirmar que houve relações sem penetração consensuadas.

Por último, Alves disse admitir que teve uma relação sexual com penetração com a mulher, mas continua alegando que houve consenso. A espanhola que o acusa nega e mantém a versão de que foi estuprada.