Cantora de 26 anos relata situação e diz que foi questionada sobre carro blindado; saiba mais
Jojo Todynho revelou ter sido vítima de racismo durante uma abordagem em uma blitz. A cantora de 26 anos relatou ter sido questionada sobre o fato de ter meios para possuir um carro blindado e precisou se defender do preconceito velado.
“Olha o que aconteceu: blitz. Falei ‘tudo certo, está tudo bem, habilitação, documento do carro, vistoria”, contou Jojo para Patrícia Ramos, do podcast Pod Fazer Mais, em um momento da entrevista em que a apresentadora falava sobe situações de racismo. A cantora listou os documentos solicitados, que foi entregando durante a blitz, mas não foi o suficiente, segundo ela. “O cara numa arrogância e eu estava de boas”, explicou.
“Eu falava assim ‘não é possível, Deus’, e eu fui entregando os documentos para ele, tudo bonitinho. Eu estava voltando da academia. E ele falou ‘você está dirigindo como?’, e eu ‘de tênis, você não está vendo?’. Dei os documentos tudo, direitinho, ele virou para mim e falou assim ‘ué, mas você pode andar de carro blindado?'”, lembrou Jojo.
A cantora explicou que se “espiritualizou”, respirando fundo para responder ao homem da melhor forma. “Pensei ‘tenho que falar de uma forma que não possa ser presa’ e falei de uma forma bem arrogante: ‘eu posso ter um blindado, quem não pode é você, que é assalariado'”, contou Jojo. “Ele ficou sem som e sem imagem”, disse a artista, que perguntou se estava tudo certo com o carro e se estava liberada, indo embora.
“Depois a gente é chamada de arrogante. Ele não tem que questionar se estou andando de carro blindado. O fato da gente ser preta e ter uma condição não isenta a gente de sofrer racismo e qualquer outro preconceito, porque as pessoas são ruins. Mas você, toda vez que tiver um ato racista, pense duas vezes em fazer comigo. Por que, meu amor, você vai odiar conhecer a nova versão de doutora Toddy”, avisou. “Se as pessoas já não gostavam da Jojo de antes, eles vão odiar a Jordana de agora”, disse.
Em outra parte do podcast, Jojo desabafou que as pessoas gostam de “bater” nela. “As pessoas gostam de me bater, porque eu tenho papo reto. Eu só tenho essa vida, se eu não me permitir, não vou conseguir mais, porque só tenho essa vida”, afirmou. “É apanhando que se aprende e as pessoas só batem na gente porque elas têm vida anônima. Eu queria ter o dinheiro que eu tenho, mas não ter fama. Eu sou uma pessoa muito reativa, se você me atacar eu vou te atacar”, afirmou.