MP acompanha caso de feminicídio em São José da Tapera

O Ministério Público de Alagoas informou, nesta terça-feira (20), que está acompanhando as investigações sobre o assassinato de Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, de 26 anos, ocorrido no último domingo (18), em São José da Tapera, no Sertão alagoano. O principal suspeito é o marido da vítima, que encontra-se foragido.

Segundo o titular da Promotoria de Justiça do município, Fábio Nunes, o inquérito corre em sigilo, o que impede maiores manifestações, mas o órgão está a par dos detalhes e aguarda a conclusão para oferecer denúncia. “Por enquanto, o MP de Alagoas, para não infringir o que determina a Lei de Abuso de Autoridade, permanecerá em alerta e seguindo as ações policiais no preparativo para sua atuação oficial no caso”, infomou.

“As buscas estão sendo intensificadas pelo delegado da cidade e o Ministério Público está acompanhando de perto, a sociedade alagoana não tenha dúvida de que atuaremos com a precisão que o caso requer. Diante de um crime de extrema violência, vitimando uma mulher que deixa duas crianças órfãs, estamos preparados para denunciar o autor reportando a ele todas as circunstâncias legais que possam aumentar sua pena e fazer justiça”, acrescenta o promotor.

Na segunda-feira (19), o delegado reponsável pelo caso, Daniel Nunes, informou que as testemunhas já começaram a ser ouvidas e reforçou que as forças policiais estão em busca do acusado. RELEMBRE AQUI.

Ainda na segunda, a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) também se manifestou sobre o crime, afirmando, por meio de nota, que repudia toda e qualquer forma de violência contra a mulher. Confira a nota na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), por meio da Comissão Especial da Mulher, vem a público manifestar seu repúdio frente ao crime bárbaro ocorrido no município de São José da Tapera e se solidarizar com a família da vítima de feminicídio Mônica Cavalcante.

É inaceitável que homens utilizem da sua força física para coibir, maltratar, intimidar, diminuir e mostrar poder sobre as mulheres.

Reafirmamos o nosso compromisso com a busca pela efetivação dos direitos das mulheres. Precisamos dar um basta na violência de gênero, exatamente por conta da vulnerabilidade da mulher. Toda forma de violência contra a mulher deve ser apurada e punida nas formas da lei.

Acrescentamos que a união entre estado, municípios, instituições, entidades, sociedade civil e organizações privadas é de suma importância para o combate a violência de gênero. Por esse motivo, a OAB/AL, por meio da Comissão Especial da Mulher, repudia e rechaça todo tipo de violência contra as mulheres.

O caso – Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26 anos, foi assassinada pelo marido com um tiro no peito e morreu antes mesmo de receber socorro médico, em frente ao Fórum da cidade, nas proximidades da casa onde a família morava, em São José da Tapera.

Informações da Polícia Civil dão conta que o casal estava em uma festa de São João e tiveram uma discussão. O homem teria ido embora e deixado Mônica, que voltou para casa andando. Ao chegar à residência, a discussão recomeçou e o acusado atirou contra a vítima.

Minutos antes do crime, Mônica chegou a gravar vídeos relatando que vivia um relacionamento abusivo e com um pedido de ajuda. “Quem achar esse celular, se eu tiver morta foi ele quem me matou. Ele é abusivo e quer atirar em mim”, diz Mônica no vídeo.

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