Polícia Civil segue fazendo buscas pelo suspeito
As investigações da Polícia Civil confirmaram o histórico de violência denunciados em vídeos gravados por Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, de 26 anos, minutos antes de ser assassinada pelo marido, em São José da Tapera, no Sertão alagoano, no último domingo (18). A informação foi repassada à imprensa na tarde desta terça-feira (20).
O delegado responsável pelo caso, Daniel Nunes, afirmou que as violências contra a vítima, sobretudo psicológicas, eram comuns no relacionamento, mas que Mônica nunca chegou a registrar nenhuma denúncia às autoridades.
“A vítima não chegou a prestar queixa contra seu agressor e só agora é que as autoridades estão tomando conhecimento deste histórico de violência doméstica”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, a Polícia segue realizando diligências, ouvindo testemunhas e coletando informações para esclarecer todas as circunstâncias do crime. Além disso, as forças de segurança estão mobilizadas para localizar e prender o suspeito.
Durante as investigações foi apurado que a discussão do casal começou por causa de ciúmes por parte do marido da vítima. “Discussão que teria envolvido o pai da Mônica, que também estava na festa”, acrescentou Nunes.
Também foram realizadas buscas no interior do imóvel do casal, mas a arma do crime não foi encontrada. O aparelho celular da vítima está sob custódia da Polícia Civil e será periciado.
A justiça alagoana decretou a prisão preventiva do suspeito.
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O caso – Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26 anos, foi assassinada pelo marido com um tiro no peito e morreu antes mesmo de receber socorro médico, em frente ao Fórum da cidade, nas proximidades da casa onde a família morava, em São José da Tapera.
Informações da Polícia Civil dão conta que o casal estava em uma festa de São João e tiveram uma discussão. O homem teria ido embora e deixado Mônica, que voltou para casa andando. Ao chegar à residência, a discussão recomeçou e o acusado atirou contra a vítima.
Minutos antes do crime, Mônica chegou a gravar vídeos relatando que vivia um relacionamento abusivo e com um pedido de ajuda. “Quem achar esse celular, se eu tiver morta foi ele quem me matou. Ele é abusivo e quer atirar em mim”, diz Mônica no vídeo.