O autor do crime e marido da vítima segue foragido
A Polícia Civil de Alagoas anunciou nesta quarta-feira, 28, a formação de uma comisssão de delegados para dar prosseguimento ao trabalho investigativo que busca elucidar o feminicídio ocorrido há dez dias contra Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, de 26 anos, na cidade de São José da Tapera, interior de Alagoas.
Além de mais um crime contra a mulher, o caso tornou-se icônico pelo vídeo divulgado pela própria vítima, momentos antes de ser morta, apontando o marido como autor de qualquer violência que poderia ser cometida contra ela, incluindo seu assassinato.
Nas imagens ela narra ainda uma briga que teve com o companheiro durante uma festa junina e alerta outras mulheres para evitar relações abusivas.
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Farão parte da comissão os delegados Igor Diego, da Divisão Especial de Investigações Criminais (Deic), que presidirá os trabalhos, o delegado Thales Araújo e o delegadoDiego Nunes, que já estava à frente do caso.
O principal objetivo do trabalho que vem sendo realizado é a prisão do esposo da vítima e principal suspeito do crime, que fugiu da cidade de carro. Uma pistola e a camisa dele, com manchas de sangue, foram apreendidas e estão sob análise da Polícia Científica (Polc).
O caso
Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26 anos, foi assassinada pelo marido com um tiro no peito e morreu antes mesmo de receber socorro médico, em frente ao Fórum da cidade, nas proximidades da casa onde a família morava, em São José da Tapera.
Informações da Polícia Civil dão conta que o casal estava em uma festa de São João quando tiveram uma discussão. O homem teria ido embora e deixado Mônica, que voltou para casa andando. Ao chegar à residência, a discussão recomeçou e o acusado atirou contra a vítima.
Minutos antes do crime, Mônica chegou a gravar vídeos relatando que vivia um relacionamento abusivo e com um pedido de ajuda. “Quem achar esse celular, se eu tiver morta foi ele quem me matou. Ele é abusivo e quer atirar em mim”, diz Mônica no vídeo.