A Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta sexta-feira (30), manter a prisão de Daniel Moraes Bittar, de 42 anos. Ele está preso desde quarta-feira (28), suspeito de sequestrar e estuprar uma menina de 12 anos.
Em audiência de custódia, a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante de Daniel, ou seja, ele vai ficar detido por tempo indeterminado. A decisão também vale para Gesielly Souza Vieira, de 23 anos, suspeita ser cúmplice de Daniel.
O g1 tenta contato com a defesa do investigado. Daniel Moraes Bittar é técnico de TI do Banco de Brasília (BRB). Ele foi demitido do banco nesta quinta-feira (29), após o caso vir à tona.
Nas redes sociais, Daniel chegou a fazer uma postagem contra a pedofilia, no dia 18 de outubro de 2022. À época, ele compartilhou uma imagem em que aparece uma criança com a boca vedada por uma fita, o braço esticado e a mão aberta. Na foto, há a frase: “pedofilia é crime, denuncie”.
Daniel Moraes Bittar, 42 anos, foi preso suspeito de sequestrar e estuprar criança de 12 anos, no DF — Foto: Instagram/Reprodução
Daniel é suspeito de sequestrar a criança por volta do meio-dia de quarta, no momento em que ela ia para a escola no Jardim Ingá, no Entorno do Distrito Federal. A criança foi colocada dentro de uma mala e trazida para a Asa Norte, em Brasília.
Segundo a polícia, Daniel foi auxiliado por Gesielly Souza Vieira, de 23 anos. Conforme a investigação, a mulher desceu do carro, perto da escola da menina, sedou a criança com um pano molhado com clorofórmio e colocou a vítima no banco de trás do veículo.
Homem suspeito de estupro leva mala com criança dentro para apartamento, no DF
Imagens das câmeras de segurança do prédio onde mora Daniel registraram quando ele chegou, durante a tarde, arrastando uma mala, coberta por um pano.
Daniel subiu dois andares de escada carregando a mala onde estava a menina, desacordada. Os policiais chegaram ao apartamento às 23h30.
A criança estava com as pernas algemadas, deitada em uma cama e seminua. Segundo a polícia, ela contou que o sequestrador tocou em seu corpo e a beijou.
Em um vídeo gravado em frente ao prédio onde Daniel mora, ele confessou para policiais que a menina estava no apartamento dele.
– “A menina tá ai na sua casa?” Pergunta um policial.
– “É…” Diz Daniel, que acena com a cabeça.
– “Fazendo o que na sua casa?” Pergunta o policial.
– “Tá lá, tá lá, todo mundo… eu não tô”, diz o homem.
– “Você pegou ela onde? Pra que pegou ela? O que fez com ela?” Questiona o policial.
– “Ela só tá lá, ainda não fiz nada com ela” responde Daniel.