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Luxemburgo no São Paulo, Dorival Júnior no Corinthians: por que ‘casamentos’ nunca aconteceram?

ESPN

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Adversários pela primeira partida semifinal da Copa do Brasil, Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior têm em comum um fato bastante curioso: nunca comandaram os clubes que irão enfrentar nesta terça-feira (25). Donos de currículos vitoriosos, os técnicos de Corinthians e São Paulo, respectivamente, até estiveram perto dos rivais, mas treinaram somente os outros três principais times paulistas.

Ao longo de vários momentos da carreira, Dorival foi especulado no Parque São Jorge, incluindo em abril de 2023, quando Fernando Lázaro foi retirado do cargo. No entanto, o escolhido pela diretoria à época foi Cuca, que durou pouco tempo no Timão.

Livre no mercado após deixar o Flamengo, Dorival foi contratado em seguida pelo São Paulo.

Mas o técnico já teve uma chance concreta de treinar o clube alvinegro. Ele contou que até levou uma “bronca” do ex-presidente Andrés Sanchez, pois assumiu um time – não revelado – em um cenário que poderia levá-lo ao Corinthians.

“Com o Andrés eu tive uma conversa com ele e um dia eu acertei com determinado clube. Ele me falou ‘Por que você acertou? Não era para ter acertado, porque você estava vendo o movimento do mercado’”, contou Dorival, em entrevista em setembro de 2020, ao portal UOL.

“Eu só falei ‘Andrés, eu não tenho uma bola de cristal, eu não vou ficar torcendo aqui para treinador sair para eu assumir’. E sempre que acontecia, eu saia de um clube e praticamente no dia seguinte tinha outro convite, então eu nunca fiz planejamento de carreira”.

Luxemburgo diz que esteve perto duas vezes

Vanderlei Luxemburgo nunca escondeu que tinha o sonho de trabalhar um dia no Morumbi. Em várias ocasiões, alguns dirigentes históricos do São Paulo, como Marco Aurélio Cunha, falaram publicamente que jamais contratariam o treinador.

No entanto, Luxa revelou que esteve duas vezes próximo de ser contratado pelo Tricolor, mas em nenhuma delas o negócio se concretizou.

A primeira tentativa aconteceu logo após o Estadual de 1990, quando o São Paulo fez uma péssima campanha. Luxemburgo era o técnico-sensação do Brasil, após vencer a Série B de 1989 e o Campeonato Paulista do ano seguinte de forma surpreende pelo Bragantino, quando recebeu o convite da diretoria tricolor.

“Foram duas propostas que não pude ir. Uma quando estava no Bragantino. Os dirigentes da época foram ao Bragantino me contratar. Eu não tinha contrato assinado, mas verbal, com o Nabi (Abi Chedid, ex-presidente do clube do interior paulista). Eu falei: ‘Eu vou dirigir o São Paulo com certeza, para mim, uma honra. Só que eu não posso sair daqui agora. Se o Nabi me liberar, eu vou; se não me liberar, não vou’. E o Nabi não me liberou”, contou o treinador ao podcast “MunDu Meneses”, da ESPN.

“Se eu vou na primeira, Telê (Santana) não teria ido”, disse Luxa.

Telê foi contratado e marcou época como maior técnico da história tricolor, sendo campeão do Brasileiro, Paulista, Libertadores e do Mundial.

Vinte e cinco anos depois do primeiro namoro, Luxemburgo voltou a ser alvo do São Paulo, quando o presidente da época, Carlos Miguel Aidar, tentou a contratação do treinador, que comandava o Flamengo, em 2015.

“Eu estava no Flamengo, ele me ligou. Falei: ‘Pode me ligar, mas conversa com o Flamengo, vamos fazer uma coisa transparente, para todo mundo ficar sabendo que não tem sacanagem’. Você está me convidando, mas vê com o Flamengo se vão me liberar. Flamengo não me liberou, eu também não ia romper o contrato…”, explicou.

Corinthians e São Paulo abrem as semifinais da Copa do Brasil na Neo Química Arena, nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília).