O exame cadavérico também constatou que a vítima tinha contusões na face características de agressão física
A morte de Fabiana Cassimiro da Silva, de 37 anos, esfaqueada pelo ex-companheiro na frente dos filhos no Residencial Maceió I, no Cidade Universitária, na parte alta da cidade, foi causada por uma hemorragia interna aguda, apontou o exame cadavérico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), divulgado nesta terça-feira (25).
Segundo a perita médica legista Magda Vilela, a facada que provocou a hemorragia foi a que atingiu a axila esquerda da vítima, apresentando 5 cm de largura e 10 cm de profundidade. “Este ferimento perfuro cortante penetrou na cavidade torácica e perfurou o pulmão esquerdo, levando a hemorragia”, afirmou a perita.
Na análise médico legal foram constatados 17 golpes de arma branca, sendo 11 na região dorsal. Os outros golpes foram desferidos espalhados pelo corpo e atingiram a axila esquerda, braço direito e esquerdo, região frontal à esquerda, e supercílio direito.
O exame ainda constatou que Fabiana Cassimiro tinha equimoses decorrentes de contusões na face, compatíveis com agressão física. O laudo pericial completo, com todos os detalhes sobre o exame cadavérico, deverá ser encaminhado para a delegacia responsável pela investigação no prazo de 10 dias.
O caso – Fabiana Cassimiro da Silva, de 37 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro, na tarde desse domingo (23), no Residencial Maceió I, no bairro Cidade Universitária, na parte alta da cidade. Ela foi morta na frente dos três filhos e após ser atingida com golpes de faca na face, nas mãos, nos braços e nas costas chegou a correr para pedir socorro, mas caiu em frente ao prédio onde morava e morreu antes mesmo de uma equipe médica ser acionada.
Após ele ser contido, ele foi encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu atendimento médico, e em seguida, foi levado à Central e Flagrantes, onde foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil, ao ser interrogado, ele preferiu se manter em silêncio, mas deve ser ouvido novamente em breve.
Depois do crime, populares revoltados atearam fogo na barraca de frutas que o homem trabalhava e onde ele passou a morar após o término do relacionamento com Fabiana.
As crianças foram levadas ao Conselho Tutelar da região e a condição deles deverá ser analisada pela Justiça.