Episódio foi na madrugada desta segunda-feira (31) em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
A Polícia Civil do RJ investiga um caso de racismo em uma lanchonete em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O episódio foi no McDonald’s da Rua Artur Rios na madrugada de segunda-feira (31). Parte da discussão foi gravada.
A vítima foi Mattheus da Silva Francisco, de 22 anos. A confusão começou depois que uma mulher, que se identificou como Amanda Queiroz Ornela, disse que a fila do caixa foi furada.
O que foi dito
Mattheus e outros clientes passaram a gravar o bate-boca — o momento exato da suposta primeira ofensa não foi registrado.
Em outro momento da discussão, Amanda disse “ser casada com milícia”.
Clientes impediram que ela fosse embora até a chegada da Polícia Militar.
Mattheus prestou queixa na 35ª DP (Campo Grande). Amanda foi conduzida para a delegacia e, num primeiro momento, negou as acusações, mas depois manifestou o desejo de ficar em silêncio.
Mulher não tem registro
Mesmo na delegacia, a mulher insistia em dizer que era médica. “Vão me segurar, tô devendo a ele, beleza, tô errada, show… vamos para a sentença, mas pô, me segurar aqui tá errado”, argumentou.
Um policial perguntou se ela realmente era médica. “Médica psiquiatra, porque para ser psiquiatra tem que ser médica, filho, 8 anos”, respondeu.
Mas o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) disse que não identificou nenhum registro no sistema no nome dela.
O que disse a polícia
A Polícia Civil explicou que as imagens apresentadas foram incluídas ao procedimento. “No entanto, não capturaram a conduta criminosa e sim momento posterior”, destacou. “Funcionários do estabelecimento serão ouvidos e imagens de câmeras de segurança do local foram requisitadas”, emendou.