A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias podem ser chamadas para depor na CPMI que apura os atos criminosos de 8 de janeiro, afirmou o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA).
“Não tenham dúvida: se for necessário ouvir a deputada Carla Zambelli, ela será ouvida na CPMI. Não há dúvida. Isso vai depender dos fatos, da necessidade e de algum deputado apresentar requerimento”, disse em coletiva de imprensa após a sessão da CPMI desta terça-feira (8), no Senado Federal.
Ao ser questionado sobre o ex-ministro, ele destacou: “Eu creio que vamos ouvir ainda umas três ou quatro pessoas que estão relacionadas ao pré-8 de janeiro. Em seguida, nós vamos ouvir aquelas pessoas que estão diretamente relacionadas ao dia 8 de janeiro. Me perguntaram se é o caso do general G. Dias, me parece que sim, mas, além dele, outras pessoas”.
Ele também falou, no mesmo sentido, da possibilidade de convocação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
O presidente da comissão disse que ainda não há data de quando os parlamentares vão deliberar novos requerimentos, mas destacou que não será nas próximas duas sessões da comissão, a serem realizadas na próxima quinta-feira (10) e nem na terça-feira (15).
Maia ainda classificou como o depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, nesta terça-feira (8), como “sereno”, mas disse que não iria se pronunciar se acreditava ou não no que foi dito, porque não era a função do presidente da comissão.
“Achei um depoimento muito sereno, muito tranquilo. Conheço Anderson de muito tempo e acho que ele deu as explicações com muita tranquilidade. Existem aqueles que aceitam o que foi dito, outros são contra. Mas, sem dúvida, foi um depoimento muito tranquilo”, disse.
Além disso, ele também disse ver que as investigações entraram em um ritmo positivo na direção das conclusões: “Acho que a CPI (sic) pegou tração, está com depoimentos sequenciados importantes. E isso facilita muito para que a gente possa avançar, no sentido de trazer uma conclusão que possa explicar o que aconteceu no dia 8 de janeiro”.